Aos Navegantes:

Sabotador de Satélite é: Música Política Cultura & Nhe Nhe Nhem!
Deixo bem claro que não sou Hospedeiro - nessa página não há nada fora dos conformes, a princípio; só os links de acesso aos materiais indicados - sou apenas um Parasita. Olhem, bebam, desfrutem, rechacem!
(No más, a coisa ainda tá em construção...)

domingo, 4 de outubro de 2009

La Negra Partiu


Abri a Internet hoje à tarde, 04 de outubro de 2009 e vi a manchete – La Negra partiu. Senti uma melancolia e uma porção de lembranças – lembranças de sentimentos. Mais uma morte... Sinto minhas utopias morrendo e, com certeza, hoje, mais uma parte delas também morreu.
Quando eu tinha 5 anos meu pai levou-me a um festival da canção ou coxilha, não sei ao certo, só sei que tinha uma cantora gordinha, com longos cabelos pretos. Parecia uma índia – e era. O pai me disse “Essa é a Mercedes Sosa, uma cantora argentina”. Não tenho lembrança de vê-la cantando, porque dormi durante o show, e nem sabia o que significava “argentina”, mas eu fui num show de Mercedes Sosa e depois descobri tudo.
Cinco mais dez e eu comprei um Cd de La Negra (hoje tenho toda a discografia). Agora sim eu sabia quem era a dita cantora e qual o significado de sua trajetória para a América Latina – América Latina, que palavra mais linda – “Nossotros somos la América Latina, somos uno, americana Pátria morena de vida e lucha compañeiro”. Na juventude (não que não seja mais), comecei a militância. E um militante que não conhece música latina não é verdadeiramente militante. È preciso que corra nas veias, a utopia libertária e a revolução sobre todas as coisas. É lógico que não nasci no período de chumbo, mas todos os sonhos deste período permearam a minha e outras vidas militantes de esquerda. Mercedes Sosa trouxe em suas músicas, letras que são um tributo a todos os amantes da liberdade e da solidariedade. Ela cantou para todos os irmãos latinos – “todos juntos”. Lutou no período de chumbo argentino, contra a ditadura em seu país e veio diversas vezes ao Brasil compor com Chico Buarque, Caetano, Beth Carvalho, Milton Nascimento e outros – lado-a-lado vozes contra os regimes militares; timbres fortes e letras irreverentes marcaram e ainda marcam a vida de muitos sonhadores.
Convicções – aprendemos o que é convicção, aprendemos o que é democracia e aprendemos o que é luta social. Quantas milongas cantamos de punhos cerrados ao ar querendo revolucionar o mundo e protestar contra o regime estadunidense. Mercedes Sosa foi um estímulo em minha vida, sem suas músicas não saberia o que é militância. Sou uma apaixonada por música e a música desta mulher povoou as minhas fantasias... Também queria ter um “unicórnio azul”; e em “Cancion para Carito”, ficava imaginando “que em Buenos Aires os sapatos são modernos”; com “Alfonsina y el Mar”, “viajei” diversas vezes com o som do piano e a letra por demais triste – uma despedida e assim conheci a poeta argentina Alfonsina Stormi; conheci León Gieco, conheci Violeta Parra, Bertold Brecht e aprendi, parcamente, o espanhol. Além de ouvir pela primeira vez a expressão “Luta Campesina”. E assim cantamos nos acampamentos do MST, e ocupamos nossas terras com facões e paus em punho “como pájaros libres” – “El grito de la tierra”.
Para aqueles que ainda lutam e que ainda acreditam na revolução (resistem), La Negra deixará muita saudade. Ela inspirou a “esquerda”, se é que ainda podemos chamar de esquerda, pois estamos muito mais para “esperança aos pobres prometida”. Não sei o que somos agora. Eles representaram algo... Nós ficamos à sombra de tudo. Digo, então, que a “esquerda” perdeu um braço – braço de poesia, de sonho e utopia. Mas a luta continua, a luta social é interminável, hermano. Fica a herança cultural inestimável. Lamento, mas o tempo passa e em cada abraço se perde sempre um pedaço. Deixemos que nos embale o consolo de pensar em unicornios, flores azuis, habitantes do fundo do mar e os sonhos inconscientes de Mercedes Sosa, pois ela cantou também o inconsciente. Letras carregadas de folclore, mitos e signos de sua cultura. Tambores cubanos e africanos, dialeto indigena e canto latino americano, uma mistura de ritmos permeada pelo sonho de liberdade. Viva la Terra! “Vengo a ofrecer mi corazón - Corazón Americano. Hasta la victoria, posto que traigo un pueblo en mi voz. Mas si se calla el cantor, calla la vida”.

PARA SABER MAIS:

* http://pt.wikipedia.org/wiki/Mercedes_Sosa

* http://www.mercedessosa.com.ar/marcosmaster.htm

* http://mercedessosamusica.blogspot.com/

* http://www.geocities.com/TheTropics/9580/

domingo, 5 de julho de 2009

Music of the Crusades - 1970


Music of the Crusades - 1970
The Early Music Consort of London - David Munrow

1 - La quinte estampie realeAnon., French 13th century oriental shawn, nakers JB

2 -Pax in nomine Domini! Marcabru first crusade / 1137 tenor solo, chorus, treble & bass rebecs 3 - Parti de malAnon., French third crusade / 1189 counter tenor JB, citole

4 - Chevalier, mult estes guarizAnon., French second crusade / 1147 baritone solo, chorus, recorder, treble & bass rebec, tabor CH

5 - Chanterai por mon corageGuiot de Dijon third crusade / 1189 soprano, flute, lute, bass rebec, harp

6 - Danse RealAnon., French 13th century bagpipes solo

7 - Sede, Syon, in pulvereAnon., French c. 1195tenor solo

8 - PalästinaliedWalther von der Vogelweide sixth crusade / 1228 counter tenor JB, lute, harp

9 - Condicio - O nacio - Mane primaAnon., French 13th century 2 counter tenors, treble & bass rebecs, crumhorn, nakers CH

10 -O tocius AsieAnon., French crusade of 1248 2 counter tenors, treble & bass rebecs, organ

11 - La uitime estampie realeAnon., French 13th century treble rebec solo, bass rebec, citole, tabor JB

12 - Cum sint difficiliaAnon., French crusade of 1248 tenor, baritone, bells, organ

13 - Li noviaus tensLe Châtelain de Coucy third crusade / 1188-91 counter tenor JB, recorder, lute, bass rebec, harp

14 - Fortz chausa esGaucelm Faidit lament in the death of Richard Coeur-de-Lion 1199 tenor, bass rebec, lute, harp

15 - Je ne puis - Amors me tienent - VeritatemAnon., French 13th century 2 counter tenors, medieval bells, crumhorn

16 - Ahi! AmoursConon de Béthune third crusade / 1188tenor, treble & bass rebec, lute, tabor CH

17 - La tierche estampie realeAnon., French 13th century bass rebec solo, treble rebec, lute, tabor JB

18 - Ja nus hons prisRichard Coeur de Lion song of captivity 1194 counter tenor JB, harp

19 - Au tens plain de felonnieThibaut de Champagne crusade of 1239I. tenor, lute, treble rebecII. recorder, lute, rebec, tabor CH

Músicos Christina Clarke (soprano), James Bowman (countertenor), Charles Brett (countertenor), Nigel Rogers (tenor), Geoffrey Shaw (baritone), David Munrow (recorder, flute, shawn, crumhorn & bagpipes), Eleanor Sloan (treble rebec), Oliver Brookes (bass rebec), James Tyler (lute & citole), Gillian Reid (bells), Christopher Hogwood (harp, organ, nakers & tabor), James Blades (nakers & tabor)
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Esta é uma gravação da década de 70 – antiga..., mas o senso de ritmo e da sinceridade da execução ultrapassa décadas e claro, séculos. Neste disco há intérpretes que se tornarão famosos depois.
Para quem gosta de música medieval não pode deixar de fazer essa audição. E para quem procura coisas diferentes e adora umas traças entre os troços e só pegar e sair roendo.
É música “medieval sacra”, cristã, sei lá. Só sei que em honra ao paganismo é que não é.
O mais bacana é a pegadinha, saca só:
“Este disco foi gravado na época das cruzadas, lá pelos idos de 1095 e 1270. Sucessos da época que abrilhantavam as pilhagens e assassinatos cometidos em nome do cristianismo e do Papa”. Que belo!
As cruzadas, para quem não sabe, foram expedições militares organizadas pelos cristãos europeus para propagar o cristianismo, combater os muçulmanos e cristianizar territórios da Ásia Menor e Palestina e claro, abrir rotas comerciais terrestres pelo oriente; conquistar novos territórios e formar alianças para derrotar concorrentes feudais. Foram oito (8) o número de cruzadas. Eram formadas por reis, príncipes, cavaleiros, Papas. A primeira cruzada foi comandada pelo Papa Urbano II.
A trilha sonora cult, reproduzida ao som da flauta suave e encantadora nos da a dimensão desses momentos maravilhosos das cruzadas. Tudo bem, mas podemos pensar, também, nos cavaleiros templários em busca do Cálice Sagrado e dos momentos cundalines entre uns e outros templários. Mas só os iluminatis tem permissão de revelar o segredo. Imagina um cavaleiro templário tentando encontrar o ponto cundaline de outro cavaleiro, hum, que delícia, ainda mais ao som do tamborzinho e da flautinha, quase pagã.
Fora isso tudo que escrevi, o som é magnífico, para espíritos refinados, arrogantes e narcíseos. Aproveitem!
Qual seria a trilha sonora das cruzadas atuais – Palestina/Israel; Irã/Afeganistão; Iraque/EUA; entre outras???

SABOTADOR DE SATÉLITE diz: abaixa aqui a cruzada!

Este material foi contrabandeado do blogui: Criatura de Sebo

Visite o Homem Traça você também, tem coisas ótimas por lá, só não deixa a criatura te comer.
Nas palavras da Criatura de Sebo:
"Com a modernage internética, se você quer conhecer: baixa e ouve - se tem grana: compra - se não tem... a traça come”!
"Aproveite e dê sua roidinha!
Viva a brodagem blogueira!”

sábado, 13 de junho de 2009

15 Anos do Genocídio Em Ruanda na África

"PARA QUE NÃO SE ESQUEÇA
PARA QUE NUNCA MAIS ACONTEÇA!"
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Ocorreu em nossa época um dos maiores massacres da história humana: entre abril e julho de 1994, durante cem dias, estima-se (aproximadamente, pois o número pode ser maior) que 800 mil a 1 milhão de pessoas foram mortas em Ruanda, na África. Uma espécie de guerra civil num contexto de rivalidade étnica com objetivos claros de eliminar todo um povo.
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Distinguem-se em Ruanda dois grupos étnicos: a maioria hutu e o grupo minoritário de tutsis. A matança em Ruanda foi perpetrada pela maioria hutu contra a minoria tutsi. Para compreender melhor esse genocídio é aconselhável conhecer a história social e política de Ruanda, vá para wikipédia.
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O filósofo Bertrand Russell descreveu a situação em Ruanda como “o mais horrível e sistemático massacre que tivemos ocasião de testemunhar desde o extermínio dos judeus pelos nazistas”.
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Declarações explicitamente racistas eram toleradas nos meios de comunicação. A mídia local (rádio e jornal) instigou e apoiou o movimento hutu na matança dos tutsi. Nos anos 90 o meio de comunicação mais popular em Ruanda era o rádio. Este meio de comunicação foi usado na preparação do terreno para o massacre. Há exemplo do que a mídia local divulgava cito “Os Dez Mandamentos hutus”, que circularam amplamente e tornaram-se muito populares. O “oitavo mandamento”, o mais citado, dizia: “Os hutus têm de parar de sentir pena dos tutsis”. A propaganda racista também era divulgada em comícios de “conscientização”.
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As tropas das Nações Unidas não se mobilizaram e ofereceram pouca resistência aos assassinos. Por toda Ruanda, estupros e saques em massa acompanharam a matança. Centenas de milhares de hutus trabalharam como assassinos em turnos regulares. Todos foram chamados a caçar o inimigo. Houve massacres em escolas, hospitais e até mesmo em igrejas. Numa delas, localizada na montanha rochosa de Nyarubuye, dezenas de corpos cobriam o chão treze meses após a chacina. Em Mugonero, sete pastores (que estavam num hospital com duas mil pessoas que seriam atacadas) escreveram uma carta ao superior deles, na qual constava a expressão título de um livro do jornalista Gourevitch: “Desejamos informar-lhe que soubemos que amanhã seremos mortos junto com nossas famílias”.
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Na discussão sobre a justiça em Ruanda, o jornalista Gourevitch cita a questão da verdade objetiva: “A guerra a respeito do genocídio era uma autêntica guerra pós-moderna: uma batalha entre, de um lado, os que acreditavam que, já que as realidades que habitamos são construções da nossa imaginação, elas são igualmente verdadeiras e falsas, válidas e inválidas, justas e injustas, e, do outro lado, os que acreditavam que as construções da realidade podem – aliás, devem – ser julgadas como certas ou erradas, boas ou más. Enquanto os debates acadêmicos sobre a possibilidade da verdade objetiva são freqüentemente abstratos a ponto de atingir o absurdo, Ruanda demonstrou que se trata de uma questão de vida ou morte” (p. 302).
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Houve uma longa preparação para o genocídio. Em 1994, Ruanda era vista como um caso de caos e anarquia associados a Estados em colapso, mas, como escreve Gourevitch, “o genocídio era o produto da ordem, do autoritarismo, de décadas de teoria e doutrinação política moderna, e de um dos Estados mais meticulosamente administrados da história” (p. 114). O autor, também, comenta a afirmação de que o assassinato em escala industrial do Holocausto põe em questão a noção de progresso humano e de que sem toda aquela tecnologia os alemães não poderiam ter assassinado todos aqueles judeus. Entretanto, foram os alemães, não as máquinas, que realizaram a matança, sustenta Gourevitch. Em Ruanda, o subdesenvolvimento tecnológico não foi obstáculo ao genocídio: o povo era a arma; a população hutu inteira tinha de matar a população tutsi inteira, de acordo com os líderes do Poder Hutu.
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O Conselho de Segurança da ONU não foi capaz sequer de aprovar uma resolução que contivesse a palavra genocídio. A incompetência da ONU para resolver a crise em Ruanda é algo que deve ser sempre lembrado. Também é revoltante a escandalosa cumplicidade das autoridades políticas e militares da França na preparação e implementação da carnificina.
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O genocídio foi financiado, pelo menos parcialmente, com o dinheiro apropriado de programas de ajuda internacionais, tais como o financiamento fornecido pelo Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional sob um Programa de Ajuste Estrutural. Estima-se que 134 milhões de dólares foram gastos na preparação do genocídio em Ruanda – uma das nações mais pobres da terra – com 4,6 milhões de dólares gastos somente em facões, enxadas, machados, lâminas e martelos. Estima-se que tal despesa permitiu a distribuição de um novo facão a cada três varões Hutus.
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O Primeiro Ministro de Ruanda, Jean Kambanda, revelou que o genocídio foi discutido abertamente em reuniões de gabinete, e uma ministra de gabinete disse que ela estava "pessoalmente a favor de conseguir livrar-se de todo os Tutsis... sem os Tutsis todos os problemas do Ruanda desapareceriam".
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Quero lembrar que vários pastores e missionários da Igreja Adventista do Sétimo Dia (é muito comum as missões religiosas espalhadas por vários pontos do Continente Africano), também, contribuíram com as chacinas nos vilarejos onde “pregavam a palavra de deus”.
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Quase cada uma das mulheres que sobreviveram ao genocídio foram violentadas. Muitos dos 5.000 meninos nascidos dessas violações foram assassinados. Talvez nunca se venha a saber quantos mortos o genocídio provocou. Calcula-se entre 800.000 e 1.000.000. Se forem 800.000 equivaleriam aos 11 por cento do total da população e 4/5 dos tutsis que viviam no país.
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Passados 15 anos, ainda existem casos para serem julgados por crimes contra a humanidade e os filhos de Ruanda, muitos órfãos, terão sempre e sempre a marca da dor. É interessante pensar que nos lembramos facilmente dos campos de concentração Nazistas e os horrores praticados pelos alemães – a Europa está sempre presente nos livros de história, a América do Norte, a Mãe Heróica. E o Continente Africano...? Só nos lembramos dos escravos e das savanas. A África é a mãe da humanidade e está morrendo, por que o homem branco e desbravador dos mares sugou até a última pepita de dignidade destes povos. A África virou o lixão do mundo capitalista e neoliberal. È bom lembrarmos disso nesse momento pré copa do mundo, futebol e muita tv, agora a África existe, com muitos pretos na frente da tela dos olhos brancos.
*
O Jardineiro Fiel

quinta-feira, 11 de junho de 2009

PELA VIDA, PELA PAZ/ TORTURA NUNCA MAIS


Sugestão de vídeo no youtube: (Bem bacana vale a pena conferir)




O vídeo DITADURA, NUNCA MAIS é um panfletão eletrônico de 5 minutos. A sua construção observou três eixos:

1- A memória da Ditadura Militar no Brasil
2- A necessidade de se manter uma constante vigilância para se garantir a liberdade e a democracia
3- Mostrar que a luta continua:

PELA CONSOLIDAÇÃO DA DEMOCRACIA:

- Abertura de todos os arquivos da repressão
- Responsabilização dos torturadores e assassinos da ditadura
- Instalação de uma Comissão da Verdade e da Justiça
- Pela descriminalização dos movimentos sociais

CONTRA A EXCLUSÃO SOCIAL:

- Por Justiça e pelo pão
- Pela Reforma Agrária
- Por saúde e educação


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Letra, música, interpretação e roteiro - NARCISO PIRES
Arranjo - Ederson Renaud
Direção de vídeo - Luiz Gaparovic

Narciso Pires é Presidente do Grupo Tortura Nunca mais - Paraná.
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Visitem o site:

Revista Caros Amigos – Ed. 146 - Maio 2009


Caros Amigos - Depressão na Sociedade do Vazio - Entrevista com a Psicanalista Maria Rita Kehl.
E mais...


Marilene Felinto rende homenagem à amiga querida Thaís S. Pereira.

Glauco Mattoso Porca Miséria.

Georges Bourdoukan considera legítima a resistência contra o Estado de Israel.

José Arbex Jr. fala do golpe da oligarquia Sarney contra Jackson Lago.

Gilberto Vasconcell os recorre a Darcy Ribeiro para interpretar Obama.

Marcos Bagno Falar Brasileiro.

Ferréz retrata o agito na favela para a instalação dos relógios de luz.

Renato Pompeu e suas Memórias de Um Jornalista Não-Investigativo.

João Pedro Stedile insiste que a crise é estrutural e precisa ser debatida.

Tatiana Merlino Por que a Justiça não consegue punir os ricos e poderosos.

Eduardo Suplicy recorre ao filósofo Philipp e Van Parijs para defender a renda.

A na Miranda comenta ensaio de Viveiros de Castro sobre a alm a indígena.

Hamilton Octavio de Souza, Entrelinhas.

Cesar Cardoso disseca os valores e a realidade da sociedade de consumo.

Entrevista com Brizola Neto A luta para regular o nióbio nacional.

Frei Betto critica a cegueira do G-20 no trato com a miséria.

Gershon Knispel lembra os monumentos dedicados às vítimas das guerras.

Fidel Castro pede a Barack Obama medidas para a suspensão do bloqueio.

MC Leonardo desvenda a ligação do jogador Adriano com a favela.

Ulisses Tavares acha que casamento é uma coisa e amor é outro troço.

Guilherme Scalzilli denuncia o cartel que extermina o futebol brasileiro.

Marcelo Salles Prefeitura aumenta a repressão aos pobres no Rio de Janeiro.

Plínio Teodoro A mídia grande abafou o caso da Camargo Corrêa.

Carolina Rossetti e Felipe Larsen Cultura debate Lei Rouanet e Profic.

Entrevista com José Padilha “Garapa” relata a fome por quem passa fome.

Emir Sader defende propostas concretas de substituição do modelo neoliberal.

Renato Pompeu, Idéias de Botequim.


Servidor: EasyShare

Idioma: Português

Tamanho: 7 mb

Formato: .Rar


quinta-feira, 7 de maio de 2009

A gripe dos porcos e a mentira dos homens


Mauro Santayana

O governo do México e a agroindústria procuram desmentir o óbvio: a gripe que assusta o mundo se iniciou em La Glória, distrito de Perote, a 10 quilômetros da criação de porcos das Granjas Carroll, subsidiária de poderosa multinacional do ramo, a Smithfield Foods. La Glória é uma das mais pobres povoações do país. O primeiro a contrair a enfermidade (o paciente zero, de acordo com a linguagem médica) foi o menino Edgar Hernández, de 4 anos, que conseguiu sobreviver depois de medicado. Provavelmente seu organismo tenha servido de plataforma para a combinação genética que tornaria o vírus mais poderoso. Uma gripe estranha já havia sido constatada em La Glória, em dezembro do ano passado e, em março, passou a disseminar-se rapidamente.
Os moradores de La Glória – alguns deles trabalhadores da Carroll – não têm dúvida: a fonte da enfermidade é o criatório de porcos, que produz quase 1 milhão de animais por ano. Segundo as informações, as fezes e a urina dos animais são depositadas em tanques de oxidação, a céu aberto, sobre cuja superfície densas nuvens de moscas se reproduzem. A indústria tornou infernal a vida dos moradores de La Glória, que, situados em nível inferior na encosta da serra, recebem as águas poluídas nos riachos e lençóis freáticos. A contaminação do subsolo pelos tanques já foi denunciada às autoridades, por uma agente municipal de saúde, Bertha Crisóstomo, ainda em fevereiro, quando começaram a surgir casos de gripe e diarreia na comunidade, mas de nada adiantou. Segundo o deputado Atanásio Duran, as Granjas Carroll haviam sido expulsas da Virgínia e da Carolina do Norte por danos ambientais. Dentro das normas do Nafta, puderam transferir-se, em 1994, para Perote, com o apoio do governo mexicano. Pelo tratado, a empresa norte-americana não está sujeita ao controle das autoridades do país. É o drama dos países dominados pelo neoliberalismo: sempre aceitam a podridão que mata.
O episódio conduz a algumas reflexões sobre o sistema agroindustrial moderno. Como a finalidade das empresas é o lucro, todas as suas operações, incluídas as de natureza política, se subordinam a essa razão. A concentração da indústria de alimentos, com a criação e o abate de animais em grande escala, mesmo quando acompanhada de todos os cuidados, é ameaça permanente aos trabalhadores e aos vizinhos. A criação em pequena escala – no nível da exploração familiar – tem, entre outras vantagens, a de limitar os possíveis casos de enfermidade, com a eliminação imediata do foco.
Os animais são alimentados com rações que levam 17% de farinha de peixe, conforme a Organic Consumers Association, dos Estados Unidos, embora os porcos não comam peixe na natureza. De acordo com outras fontes, os animais são vacinados, tratados preventivamente com antibióticos e antivirais, submetidos a hormônios e mutações genéticas, o que também explica sua resistência a alguns agentes infecciosos. Assim sendo, tornam-se hospedeiros que podem transmitir os vírus aos seres humanos, como ocorreu no México, segundo supõem as autoridades sanitárias.
As Granjas Carroll – como ocorre em outras latitudes e com empresas de todos os tipos – mantêm uma fundação social na região, em que aplicam parcela ínfima de seus lucros. É o imposto da hipocrisia. Assim, esses capitalistas engambelam a opinião pública e neutralizam a oposição da comunidade. A ação social deve ser do Estado, custeada com os recursos tributários justos. O que tem ocorrido é o contrário disso: os estados subsidiam grandes empresas, e estas atribuem migalhas à mal chamada "ação social". Quando acusadas de violar as leis, as empresas se justificam – como ocorre, no Brasil, com a Daslu – argumentando que custeiam os estudos de uma dezena de crianças, distribuem uma centena de cestas básicas e mantêm uma quadra de vôlei nas vizinhanças.
O governo mexicano pressionou, e a Organização Mundial de Saúde concordou em mudar o nome da gripe suína para Gripe-A. Ao retirar o adjetivo que identificava sua etiologia, ocultou a informação a que os povos têm direito. A doença foi diagnosticada em um menino de La Glória, ao lado das águas infectadas pelas Granjas Carroll, empresa norte-americana criadora de porcos, e no exame se encontrou a cepa da gripe suína. O resto, pelo que se sabe até agora, é o conluio entre o governo conservador do México e as Granjas Carroll – com a cumplicidade da OMS.


JORNAL DO BRASIL Sexta-feira, 01 de Maio de 2009 - 00:00

sábado, 21 de março de 2009

QUE DIABO É SAMBA PUNK?


‘Never Mind the Bossa Nova’ é o primeiro disco da banda escocesa, Bloco Vomit, que faz uma inusitada mistura de punk-rock com Samba. Essa mistura virou samba-punk, a melhor forma de traduzir o estilo do grupo.


A banda é formada por Hanley Hamlet Crouch nos vocais e guitarra, Jal Frezi no trumpete, surdo e vocal, Lady Lovelace no saxofone, surdo, tamborim e vocal, Cherry Parsnip tocando caixa e vocal, Carlos ‘o Chacal’ no repenique, cowbell, tamborim e vocal, e no backing vocals e também surdo, repinique, chocalho e cowbell a galera Mister E. Beat, Miss Construed, Zen O´Phobia, Annie Climax, Agent Orange e Mo Guarana, sem falar em The Chocolate Kama Sutra com as marionetes e o ganzá.


Isso aí ta parecendo uma bateria de escola de samba? Mas é exatamente essa idéia do que é samba-punk. O som é um punk-rock com uma bateria de escola de samba, e um trumpete e saxofone pra acrescentar mais ainda no caldeirão, dando uma mistura de ska na receita.


O resultado é muito bom e o disco de estréia tem ótimo momentos, destaque para a versão de ‘Should I stay or should I go’ do Clash. Pode-se notar a clara influência do maracatu na levada dessa galera.

A banda lançou outros dois discos, ‘Play This ya Bastard!’ e ‘.vom’.


*
Abaixar



1. Do they owe us a living

2. Jilted John

3. Teenage kicks

4. Police and thieves

5. Pretty vacant

6. Metal postcard (Mitageisen)

7. Oh bondage, up yours!

8. Love lies limp

9. Gambinda nova

10. Should I stay or should I go?

11. Roadrunner

12. D.T's in droichead



Tudo isso e muito mais vc encontra no blogui do EU OVO: http://euovo.blogspot.com/




domingo, 8 de março de 2009

8 de Março: a mulher e os dogmas católicos


Garota de 9 anos foi violentada pelo padrasto que confessou o abuso. Ele seria o pai dos gêmeos que ela esperava. Foi confirmado pelos médicos que a atenderam que havia risco de morte caso a gravidez continuasse ou de uma sequela definitiva de não poder mais engravidar. Assim que foi internada em uma maternidade pública do Recife, a menina começou a receber doses de um medicamento para interromper a gravidez. O aborto se consumou.


*Mas, para a equipe médica, não foi uma decisão simples. A realização do aborto passou a contar com oposição declarada da Igreja Católica. Assim que se confirmou o aborto, o arcebispo da cidade de Olinda e Recife, um integrante da ala conservadora da Igreja, excomungou a mãe, os médicos e outros envolvidos no aborto.


*O Vaticano apoiou decisão do arcebispo. Segundo o Conselho de Família da Igreja Católica, os médicos responsáveis pelo aborto legal na menina de 9 anos grávida de gêmeos fizeram uma escolha de morte. Apesar disso, o padrasto que violentou a criança não foi excomungado, porque a Igreja considera o estupro um pecado menos grave que o aborto.


*É justo questionar dogmas católicos


A Igreja Católica é composta por homens e mulheres de carne e osso. Como toda instituição viva, seus dogmas merecem contestação de quem pertence aos seus quadros, de quem já pertenceu e de que não pertence. Os de fora têm o direito de opinar sobre as decisões de uma instituição poderosa e que influencia o debate público no mundo inteiro. No Brasil, há separação entre Estado e igreja. Apesar disso, os religiosos se julgam no direito de criticar decisões legais, como o aborto de uma criança de 9 anos que foi estuprada. Ora, se podem meter o bedelho nas regras do Estado laico e democrático, podem também ouvir críticas aos seus dogmas.


*Nesse contexto, é absurda a excomunhão dos médicos e da mãe da menina estuprada pelo padrasto. Pior, o arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, disse que aborto é pior do que estupro. Os idiotas da subjetividade vão dizer que é assunto da Igreja Católica e ponto final. No direito canônico, o aborto é mais grave que o estupro. Quem é católico que se acomode, e os incomodados que se retirem. Esse discurso serve a um conservadorismo anacrônico que afasta cada vez mais a Igreja Católica do cotidiano de seus seguidores. É um erro considerar um meio católico ou um mau católico quem apoia a decisão de abortar nas circunstâncias em que se encontrava a menina de 9 anos. Ela pesa 30 quilos. Sua gravidez poderia matá-la. A lei brasileira permite aborto em caso de estupro e quando a vida da gestante está em risco.


*Há outro agravante: a menina é de uma região pobre do Nordeste, na qual o peso dos valores religiosos é maior do que em outras partes do Brasil. Uma condenação da Igreja Católica soa a uma espécie de sentença de morte religiosa. É uma pena que a Igreja Católica tenha abandonado a opção preferencial pelos pobres. O homem que deu início à caminhada dessa instituição milenar teria reparos a fazer à turma de Bento 16. (por Kennedy Alencar, jornalista e colunista da Folha Online)


*A briga é meio perdida, mas é preciso discutir a ampliação do direito ao aborto num país em que isso é questão de saúde pública. A mulher deve ter o direito de decisão. Legalizar mais amplamente o aborto, com limite até determinado tempo de gestação, não vai obrigar ninguém a tirar filho da barriga.


*Em apoio á equipe de médicos que salvou a vida da menina assine este manifesto que está na página da Comissão de Cidadania e Reprodução.

Do Blogui: FAZENDO ESTRELAS – http://fazendoestrelas.blogspot.com/

domingo, 1 de março de 2009

TRIO CLASSE A : Lágrimas De Uma Sanfona - 2007


Depois de um triste e lento carnaval sugiro arrasta os pés com um forró raiz, ou como dizem lá no norte, um forrozinho pé-de-serra.


Abaixem tudo, quebrem tudo e dobrem as cadeiras requebrando o armário.


Aqui vai a letra de quem é o Trio Classe A:


Produzido pelo sanfoneiro Douglas Marcolino, o Cd foi gravado e lançado em 2007. Na época, o Trio Classe era formado por Luiz Feijoli na voz e triângulo, Rodrigo Donato na zabumba, Eduardo Pontes no baixo e o próprio Douglas na sanfona.


No repertório, composições de Tião Marcolino (pai do Douglas), Xico Bezerra, Luiz Feijoli, Targino Gondim, do nosso saudoso Lagartixa e a música que dá título ao cd de Dió de Araújo.


Bom proveito !


Clique aqui para Baixar

Dois lugares da peste, visitem:

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

NOTA DE UMA CARNAVALESCA IJUIENSE


Quero compartilhar com os amigos e companheiros a minha alegria – minha extasiante euforia, depois de um super-divertido-animado carnaval em Ijuí. Na verdade, quero compartilhar a minha alegria carnavalesca e cultural, depois dos últimos 15 anos.
Vamos nos deter brevemente na madrugada de domingo para segunda (22 para 23 de fevereiro de 2009). Eram 2 da madrugada. Eu e mais cinco amigas nos deleitávamos com polares e skols (eu, apenas na pepsi). Fora do bar rolavam os fenos... sim... fenos, como numa cidade fantasma do velho oeste em que o vento passeia, embala fenos... E..., claro, os mocinhos xerifes do condado, também “passeavam” com suas viaturas à tudo vigiar e, se preciso, punir (como na lógica Foulcoutiana). Era uma alegria só! A TV ligada dentro do bar nos animava com o desfile das escolas de samba do RJ. Uma folia só – na TV. Como já disse, éramos seis em nossa mesa e... mais dois convivas numa mesa ao lado. A madrugada prometia... nem sabíamos o que fazer primeiro com tantas opções de festa e diversão... Ir para Ajuricaba ou ir para o Aruba? Ou continuarmos a folia em nossa mesa, assistindo ao desfile do RJ pela TV...
Bem... Ficamos com a última opção, pois, pensamos, ser a mais completa e sensata. Tudo ia as mil maravilhas... a chuvinha, a TV, as cevas, a conversa... Oh, puxa! Que maravilha! Lá pelas tantas uma de nossas convivas resolveu puxar uma cantoria...Pronto! A festa estava completa! Cantávamos fazendo uma “batucada” clássica de um sambinha do Gonzaguinha: “O que é, o que é, diga lá meu irmão...”, “Eu fico com a pureza das respostas das crianças... é a vida... é bonita... e é bonita... Viveeerrr e não ter a vergonha de ser feliz.... cantar e canttaaaarrr e cantaaaarrr ....”
Logo, o garçom aproxima-se e, com uma cara de assustado, nos avisa: “Olha, já ligaram duas vezes aqui pro bar, reclamando do barulho... Se vocês não baixarem o volume, vou pedir para retirarem-se!” .... ....
– “Mas moço, é carnaval...!”
– “Mas, senhoras, isso não interessa... É que tem a Lei do Silêncio!”
Bem... A noite carnavalesca que já estava tão perfeita, acabou por alcançar o Nirvana. Nos levantamos, espraguejamos o poder público, poder antipúblico, despúblico, pagamos a conta e fomos embora... em completo silêncio de carnaval!! Desblocadas, descarnavaladas, desfelizes!!
Ijuí é a cidade da moral e dos bons costumes! Toda e qualquer “lei” que sirva para oprimir, moralizar e calar será sempre bem vinda. Sabemos que a tal lei do silêncio existe em tantos outros lugares, mas temos certeza de que em Ijuí ela “casou” como uma luva! Combina perfeitamente com o pensamento integralista, nazista de nossos mandachuvas e comunidade. Queremos lembrar aqui, que a cidade de Ijuí foi um forte núcleo do movimento integralista e nazista dos anos 30. Sem dúvida, carregamos esses germes ideológicos. Muito do que aqui acontece pode ser explicado, se investigarmos antropologicamente a história da nossa cidade. Mas deixo isso a cargo de nossos historiadores, de espíritos curiosos e afins...
ATÉ A PRÓXIMA FOLIA!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Terrorismo Poético

DANÇAR BIZARRAMENTE A NOITE INTEIRA em caixas eletrônicos de bancos. Apresentações pirotécnicas não autorizadas. Land-art*, peças de argila que sugerem estranhos artefatos alienígenas espalhados em parques estaduais. Arrombe apartamentos, mas, em vez de roubar, deixe objetos Poético-terroristas. Seqüestre alguém & o faça feliz. Escolha alguém ao acaso & o convença de que é herdeiro de uma enorme, inútil e impressionante fortuna - digamos, cinco mil quilômetros quadrados na Antártica, um velho elefante de circo, um orfanato em Bombaim ou uma coleção de manuscritos de alquimia. Mais tarde, essa pessoa perceberá que por alguns momentos acreditou em algo extraordinário & talvez se sinta motivada a procurar um modo mais interessante de existência.
Coloque placas de bronze comemorativas nos lugares (públicos ou privados) onde você teve uma revelação ou viveu uma experiência sexual particularmente inesquecível etc.
Fique nu para simbolizar algo.
Organize uma greve na escola ou trabalho em protesto por eles não satisfazerem a sua necessidade de indolência & beleza espiritual.
A arte do grafite emprestou alguma graça aos horríveis vagões de metrô & sóbrios monumentos públicos - a arte - TP também pode ser criada para lugares públicos: poemas rabiscados nos lavabos dos tribunais, pequenos fetiches abandonados em parques & restaurantes, arte-xerox sob o limpador de pára-brisas de carros estacionados, slogans escritos com letras gigantes nas paredes de playgrounds, cartas anônimas enviadas a destinatários previamente eleitos ou escolhidos ao acaso (fraude postal), transmissões de rádio pirata, cimento fresco...
A reação do público ou o choque-estético produzido pelo TP tem que ser uma emoção pelo menos tão forte quanto o terror - profunda repugnância, tesão sexual, temor supersticioso, súbitas revelações intuitivas, angústia dadaísta - não importa se o TP é dirigido a apenas uma pessoa ou várias pessoas, se é "assinado" ou anônimo: se não mudar a vida de alguém (além da do artista), ele falhou.
O TP é um ato num Teatro da Crueldade sem palco, sem fileiras de poltronas, sem ingressos ou paredes. Para que funcione, o TP deve afastar-se de forma categórica de todas as estruturas tradicionais para o consumo de arte (galerias, publicações, mídia). Mesmo as táticas de guerrilha Situacionista do teatro de rua talvez tenham agora se tornado muito conhecidas & previsíveis.
Uma requintada sedução levada adiante não apenas pela satisfação mútua, mas também como um ato consciente por uma vida deliberadamente mais bela - deve ser o TP definitivo. O Terrorista Poético comporta-se como um trapaceiro barato cuja meta não é dinheiro, mas MUDANÇA.
Não faça TP para outros artistas, faça-o para pessoas que não perceberão (pelo menos por alguns momentos) que o que você fez é arte. Evite categorias artísticas reconhecíveis, evite a política, não fique por perto para discutir, não seja sentimental; seja impiedoso, corra riscos, vandalize apenas o que precisa ser desfigurado, faça algo que as crianças lembrarão pelo resto da vida — mas só seja espontâneo quando a Musa do TP o tenha possuído.
Fantasie-se. Deixe um nome falso. Seja lendário. O melhor TP é contra a lei, mas não seja pego. Arte como crime; crime como arte.
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* Tipo de arte que usa a paisagem, normalmente natural, como objeto artístico, sendo a própria natureza (e seus fenômenos, chuva, vnto, etc.) elementos constitutivos da obra.
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(Arquivo Rizoma)

domingo, 22 de fevereiro de 2009

DO AMOR VEM A PAZ : O PODER DA AUTOGRATIFICAÇÃO SEXUAL


Masturbate for Peace:

Entramos numa época de guerras e rumores de guerras. Ameaças de terrorismo e destruição em massa têm enchido de medo o mundo e nos levado perigosamente perto de um conflito mundial. Não há maior antídoto para a guerra que o amor. Sentimentos de raiva e desconfiança formam a base da confrontação armada. Troque estes sentimentos negativos por amor e você estará a meio caminho da resolução de qualquer conflito. No entanto, qualquer amor real deve começar de dentro para fora. Não se pode amar os outros sem primeiro amar-se a si mesmo. E, é claro, a masturbação é a maior expressão do amor próprio. Logo, é natural que nós, cidadãos do mundo, estejamos nos engajando em se masturbar pela paz. Na medida em que começamos este ato de amor próprio, encorajamos os outros a fazerem o mesmo, para ter prazer na vida e compartilhar a energia positiva da masturbação em um mundo que dela necessita.
Tradução de Ricardo Rosas
Fonte: Masturbate for Peace

Ijuí e o conservadorismo

Jovens Integralistas - Ijuí 1937

Os alemães de Ijuí e Nova Württemberg (RS) comemoram a ascenção da Alemanha ao nazismo em 1933.
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Porque será que Ijuí é uma cidade tão conservadora?

A ideologia Nazista confunde-se com a ideologia Nacionalista de Vargas. Em Ijuí os varguistas foram e são os herdeiros do nazismo tupiniquim. Da estranha mescla nasceu o moralismo e conservadorismo ijuiense. É uma cidade de estranhos hábitos... forte preconceito e de uma religiosidade... Tá certo, isso não comprova nada, nem nos esclarece certos mistérios, porque nem de perto estou a construir argumentos, mas quero pensar e quero que pensem. Porque será que Ijuí tem hábitos tão conservadores? Somos tão diferentes de nossos vizinhos santoangelenses e cruzaltenses.... porque porque porque? Conflui um monte de gente nessa cidade e ela não se desenvolve, parece estar sempre atada, então, quem está prendendo Ijuí.? O novo o diferente o precursor são coisas assustadoras para os ijuienses. O que acontece? Bem, ainda voltarei a escrever sobre o assunto.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

EZLN - El Fuego y la Palabra (2004)


Hoje pra download a coletânea da EZLN, Exército Zapatista de Libertação Nacional. Mais sobre a EZLN aqui. Entre agora também no site oficial da EZLN.Música rebelde pra todos! Vários artistas que são pró a causa zapatista se reuniram pra gravar esta coletânea, dividida em quatro discos. Os estilos variam mas basicamente você vai escutar a sonoridade da América Latina.

Particularmente o Vol. 2 Palabra é uma pérola. Lindas músicas, belíssimas letras, sonoridade insurgente. Fiquei em transe. No Vol. 3 a sonzera da Panteon Rococó com a música Marcos Hall. Revolução na veia!


"Para todos todo, para nosotros nada!"

EZLN - El Fuego y la Palabra (2004)





PS: Só espero que os links não estejam quebrados.

A fonte é do blog Vira Lata Discos, vai lá tb, tem muita coisa boa. Vamos virar as latas “discos livres porque cultura não é mercadoria.”

http://viralatadiscos.blogspot.com/

Marcos em suas próprias palavras

O subcomandante Marcos, líder e porta voz oficial das forças Zapatistas, quando questionado sobre quem é ele, realmente, respondeu da seguinte forma:

"Marcos é gay em São Francisco, negro na África do Sul, asiático na Europa, hispânico em San Isidro, anarquista na Espanha, palestiniano em Israel, indígena nas ruas de San Cristóbal, rockero na cidade universitária, judeu na Alemanha, feminista nos partidos políticos, comunista no pós-guerra fria, pacifista na Bósnia, artista sem galeria e sem portfólio, dona de casa num sábado à tarde, jornalista nas páginas anteriores do jornal, mulher no metropolitano depois das 22h, camponês sem terra, editor marginal, operário sem trabalho, médico sem consultório, escritor sem livros e sem leitores e, sobretudo, zapatista no Sudoeste do México." Enfim, Marcos é um ser humano qualquer neste mundo. Marcos é todas as minorias intoleradas, oprimidas, resistindo, exploradas, dizendo ¡Ya basta! Todas as minorias na hora de falar e maiorias na hora de se calar e agüentar. Todos os intolerados buscando uma palavra, sua palavra. Tudo que incomoda o poder e as boas consciências, este é Marcos."

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

VIVÊNCIA NA REALIDADE DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - Ijuí


O Grupo de Estudos em Saúde Coletiva – GESC está realizando no período de 07 a 18 de janeiro de 2009 Vivências na realidade do Sistema Único de Saúde no município de Ijuí – RS, em parceria com a Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí) e Diretório Central dos Estudantes (DCE), com apoio da Secretaria Municipal de Saúde de Ijuí, Coordenadoria Regional de Saúde, Conselho Municipal (COMUS) e Regional (CRS) da 17 região de saúde.
Trata-se de certa forma, da reedição de estágios de vivências no SUS, recolocando a metodologia de compreensão e problematização do cenário sanitário. Sendo assim, objetiva problematizar o controle social, a formação, a gestão e a atenção em saúde, nos saberes e práticas e da produção de autonomia e incentivo ao protagonismo estudantil como agentes de mudança no campo da saúde e social em consonância aos princípios e diretrizes do SUS.
Estão participando desta Vivência 21 estudantes da área da saúde e afins da Unijuí, Ufpel, Unisinos, Unisc, Uri Santiago e Ufrgs. O mesmo é organizado por estudantes para estudantes, coordenado pela Comissão de Organização e Apoio, composta por Elton Dari Cossetin dos Santos, Franciane Scheren e Liamara Denise Ubessi, e conta com três facilitadores - um da área de Educação Física e Nutrição, um da Psicologia e outro da Biologia, envolvidos com o movimento estudantil na área da saúde e afins e práticas de educação popular em saúde.
A metodologia utilizada consiste de imersão na rede de atenção a saúde, entendendo-a de forma ampliada, não só como a articulação dos serviços, mas destes na relação com a rede e movimentos sociais. As atividades, até o presente momento, consistiram de muitas rodas de estudo e debates sobre a organização e funcionamento do SUS, roda de conversas sobre o movimento da Reforma Sanitária, políticas públicas, controle e participação social, saúde indígena, contando com a participação de Teresinha Heck Weiller, docente do Departamento de Ciências da Saúde da Unijuí, Liane Beatriz Righi, docente da Universidade Federal de Pelotas, Sr. Moacir Deves presidente do Conselho Municipal e Regional de Saúde, Lucia Otonelli Crescente, tutora do Humaniza SUS e Véra Guidolin da 17ª Coordenadoria Regional de Saúde, Eronita Vargas Barcelos, docente do Departamento de Pedagogia da Unijuí, Ieda Zimmermann e Jorge Alexandre Silva da Incubadora Solidária e Desenvolvimento Sustentável da Unijuí.
Os participantes foram a campo na Coordenadoria Regional de Saúde, nas Unidades Básicas de Saúde do Thomé de Souza e Luiz Fogliato no município de Ijuí, área indígena Três Soitas no Barra do Guarita, município de Tenente Portela –RS. No dia 13 de janeiro de 2009, os participantes da Vivência conheceram como se organiza o sistema de saúde no município de Pejuçara/RS e de como este opera com os dispositivos da Política Nacional de Humanização da Gestão e Atenção em Saúde.
Na quarta-feira estarão realizando roda de debate com o Secretário Municipal de Saúde de Ijuí, Sr. Claudiomiro Pezzeta. No turno da tarde, será realizado visita ao Centro de Atenção Psicossocial I de Ijuí e a noite discussão a organização da atenção a saúde mental e políticas públicas; no dia 15 de janeiro/06, ocorrerá ação de divulgação dos direitos dos usuários na Praça da República de Ijuí e a tarde, visita ao Hospital de Caridade de Ijuí (a confirmar) e no dia 16 de janeiro de 2009, visita a Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis – ACATA.
Esta Vivëncia encerra-se no domingo, dia 18 de janeiro de 2009, quando os participantes firmam compromissos de intervenção na realidade sanitária e social e de fortalecimento do movimento estudantil na saúde, sob a premissa de que a construção do SUS passa pelas mãos de todos e de como se pode operar a produção de vida em uma dimensão ético-político-social.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Contra ou a favor de fumar maconha?

Contra. Se você fuma na escola, um professor doidão pode vir te pedir um pega. Se fuma na sala de casa, um cunhado vem pedir um pega e mais uma “carinha”, já que ele está sempre “sem”. Durante a larica se desperdiça comida e doces saborosos engolindo coisas como berinjela com sucrilhos ou pizza de calabresa com leite condensado. Sou contra fumar, mas tráfico não pode ser crime. Tem que virar um negócio, senão os que são tirados do tráfico pela repressão policial, podem acabar roubando a assaltando. Mas sou a favor do uso medicinal da erva, como já andam discutindo na Inglaterra e nos Estados Unidos. Imagine a bula. Indicações: combate a superatividade no trabalho, o excesso de memória, o riso com sentido, além de fazer desaparecer a cor opaca de seus olhos. Contra-indicações: não fumar em lugares públicos (o motivo foi explicado acima). Modo de usar: consumir ao menos três vezes por semana (senão não tem graça) de preferência acompanhado de bebidas alcoólicas e música de Jefferson Airplane ou Bob Marley. Desaparecendo os sintomas, procure um médico (você é um dos raros caras pra quem a maconha não faz efeito e isso é preocupante) ou fume outro baseado pros sintomas voltarem rapidinho. E a conclusão? Melhor continuar queimando até a última ponta e ... pára de fica discutindo o assunto e passa o bagulho adiante que já ta queimando no seu dedo, mane.

- Gilmar Rodrigues – O PASQUIM 21, nº 37 – 29/10/2002.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

GAZA

By José Saramago

A sigla ONU, toda a gente o sabe, significa Organização das Nações Unidas, isto é, à luz da realidade, nada ou muito pouco. Que o digam os palestinos de Gaza a quem se lhes estão esgotando os alimentos, ou que se esgotaram já, porque assim o impôs o bloqueio israelita, decidido, pelos vistos, a condenar à fome as 750 mil pessoas ali registadas como refugiados. Nem pão têm já, a farinha acabou, e o azeite, as lentilhas e o açúcar vão pelo mesmo caminho. Desde o dia 9 de Dezembro os camiões da agência das Nações Unidas, carregados de alimentos, aguardam que o exército israelita lhes permita a entrada na faixa de Gaza, uma autorização uma vez mais negada ou que será retardada até ao último desespero e à última exasperação dos palestinos famintos. Nações Unidas? Unidas? Contando com a cumplicidade ou a cobardia internacional, Israel ri-se de recomendações, decisões e protestos, faz o que entende, quando o entende e como o entende. Vai ao ponto de impedir a entrada de livros e instrumentos musicais como se se tratasse de produtos que iriam pôr em risco a segurança de Israel. Se o ridículo matasse não restaria de pé um único político ou um único soldado israelita, esses especialistas em crueldade, esses doutorados em desprezo que olham o mundo do alto da insolência que é a base da sua educação. Compreendemos melhor o deus bíblico quando conhecemos os seus seguidores. Jeová, ou Javé, ou como se lhe chame, é um deus rancoroso e feroz que os israelitas mantêm permanentemente actualizado.

O Carderno de Saramago:
http://caderno.josesaramago.org/2008/12/22/gaza/

Pesquise sobre Sionismo:
http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=808

Gaza: A paz não passa pelo massacre

O exército de Israel é suficientemente poderoso para destruir todo o Oriente Médio (e, de fato, também para destruir parte importante do ocidente). O único problema é que, até hoje, jamais conseguiu mandar, sequer, no território em que lhe caberia mandar. O mais poderoso exército do mundo está detido, ainda, pela resistência palestina. Como entender essa contradição?
Bem, para começar, Israel jamais trabalhou para construir qualquer paz com os palestinos; jamais usou outro meio que não fossem os meios do extermínio, da limpeza étnica, do holocausto, para matar as populações nativas e residentes históricas na Palestina, desde a fundação do Estado de Israel, em maio de 1948.
Israel expulsou 750 mil palestinos, converteu-os em refugiados e, em seguida, passou a impedir sistematicamente o retorno deles e de seus filhos (hoje, também, já, dos netos deles), apesar das Resoluções da ONU, ao mesmo tempo em que continuou a destruir cidades e vilas, ou - o que é o mesmo - passou a construir colônias de ocupação sobre as ruínas das cidades e vilas palestinas.
Desde 1967, Israel fez tudo que algum Estado poderia fazer para tornar impossível qualquer solução política: colonizou por vias ilegais territórios ocupados por via ilegal e recusou-se a acatar os limites de antes das invasões de 1967; construiu um muro de apartheid; e tornou a vida impossível para a maioria dos palestinos. Nada, aí, faz pensar em esforço de paz. Antes, é operação continuada e sistemática para a limpeza étnica dos territórios palestinos ocupados ilegalmente.
Assim sendo, se a paz implicar - como implica necessariamente - o fim do mini-império construído por Israel, Israel continuará a fazer o que estiver ao seu alcance para que não haja paz, mesmo que a paz lhe seja oferecida numa bandeja, como a Iniciativa de Paz dos sauditas, recentemente, por exemplo. Outra vez, não se entende: se os israelenses só tinham a esperar esse tipo de oferta, se desejassem alguma paz, porque a rejeitaram, praticamente sem nem a considerar?
Faz tanto tempo que Israel rejeita toda e qualquer possibilidade de paz, que a maioria dos israelenses já nem são capazes de ver que rejeitar a paz converteu-se, para Israel, numa espécie de segunda natureza.
Mas o motivo mais aterrorizante pelo qual nenhuma iniciativa de paz jamais teve qualquer chance de prosperar tem a ver, de fato, conosco, com o ocidente.
Israel continua a ser apoiada pelas democracias ocidentais como uma espécie de força delegada, como batalhão ocidental avançado, implantado na entrada do mundo árabe, mais indispensável, tanto quanto mais dependente do ocidente, que regimes-clientes, como os sauditas e como o Iraque de Saddam até 1990.
Como uma espécie de 'encarnação' da tese do "choque de civilizações" de Huntington, Israel é, como sempre foi, mais exposta ou mais veladamente, um bastião do mundo judeu-cristão, contra os árabes e o Islam.
Isso já era verdade há décadas, mas jamais foi mais verdade do que na última década, quando a Ordem do Novo Mundo entrou em crise terminal, e começou-se a ouvir falar da "Doutrina do Choque", de "Choque e Horror", de várias 'operações' tempestade contra os desertos da Ásia e sempre contra os islâmicos.
Israel, não o Iran, possui armas nucleares e é capaz de usá-las - e várias vezes já ameaçou usá-las. Mas fala-se como se o perigo viesse do Iran, não de Israel. Os que propõem a destruição do Iran são os mesmos mercadores de tragédias que impingiram aos EUA e à Inglaterra o custo altíssimo da guerra do Iraque.
Quem escreve é Haim Bresheeth, professor titular de Estudos sobre Mídia na Universidade de East London,
"Estão bombardeando 1,5 milhão de pessoas enjauladas"
Bombardearam o mercado central de frutas de Gaza ... ao mesmo tempo, bombardearam um prédio de apartamentos ... é tipo o inferno aqui agora ... já são mais de 500 mortos e 2500 feridos, dos quais 50% são crianças ... há feridas que você não gostaria de ver ... crianças chegando com o abdômen aberto ...
Entre as centenas que vimos entrando no hospital, um era militar do Hamas .. qualquer um que queira apresentar isso como uma guerra contra outro exército está mentindo ... é uma guerra total contra a população civil ... eles estão bombardeando 1 milhão e meio de pessoas que estão enjauladas.
Depoimento.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O mistério das Pirâmides e das coligações Políticas


Existem muitas especulações a respeito das construções egípcias, exclusivamente sobre as pirâmides, de que seriam obras de uma tecnologia desconhecida e a mais contundente opinião é de que foram feitas, planejadas e construídas por extraterrestres. A Grande Pirâmide de Gizé, por exemplo, possui dimensões quase perfeitas, não fossem os 20 cm de diferença em um de seus lados. Os blocos de pedra foram cuidadosamente encaixados, fato que intriga os arqueólogos, pois nem um fio de cabelo pode ser passado entre os encaixes, não há frestas. Bem, não há dúvidas de que as pirâmides são maravilhas do tempo e da história, mas quem as arquitetou? Onde andará esta perfeita tecnologia e inteligência que se perdeu no tempo, quem tem a receita para resolver este intrigante mistério? Seriam, também, os extraterrestres responsáveis por estranhas coligações políticas, estranhos encaixes ideológicos e éticos? Essa ideologia e inteligência desconhecida que faz as coligações partidárias serem tão esdrúxulas ficará, também, marcada no tempo ou criarão desertos, fazendo com que percamos a receita de como fazer coisas melhores? Estes são alguns mistérios que a imaginação humana tenta por séculos resolver, coisas que estão para além da imaginação. Embora acreditemos nas teorias de Maquiavel para a política e nas idéias do químico Joseph Davidovits para as pirâmides ficam, sempre, algumas impressões que parecem sinais.
E podemos especular ainda mais... Vejamos, pirâmide começa com (P) assim como política e ambas têm 8 letras. O número 8 é o número do infinito e é considerado pela cabala como o número perfeito. Seriam os arquitetos das pirâmides seres extraterrestres? Seriam os políticos representantes dos seres extraterrestres disfarçados de humanóides? Os sinais estão por toda a parte. Por exemplo, o falecido (até que alguém prove o contrário, pois poderia muito bem ter voltado ao seu planeta) Enéas Carneiro... Alguns cientistas comprovaram a existência de material alienígena em sua barba. E o impichemado Collor de Mello – dizem que o jet sky que ele usava era de uma super tecnologia desconhecida do homem. E o, também falecido, PC Farias (encontrado morto com sua amante num crime muito estranho), que segredos levou? Ninguém explica?! E a Ministra Zélia Cardoso de Mello que casou com o Chico Anísio... Credo, esse foi o governo mais extraterrestre de que já tivemos notícias – ninguém sabe explicar. Muito bem, ainda poderíamos especular sobre o governo FHC, o governo Lula e, também, bem bertinho de nós, nas plantações marcadas por pousos prováveis das naves dos prefeitos e vereadores de nossas cidades provincianas. Bem...Vou parar por aqui...

Estou sentindo coisas estranhas, acho que estou sob vigilância e a qualquer momento podem me abduzir.


Indicações Filmográficas:

Sinais com Mel Gibson;

ET: O Extraterrestre do Steven Spielberg (O primeiro do gênero)

Stargate: SG 1 (esse filme é imperdível e ainda tem a série)

E Leiam o Livro Stupid Withe Men: Uma Nação de Idiotas do Michael Moore.

E qualquer livro ou filme sobre teorias da conspiração será bem aproveitado.


PS: No nosso texto científico não falamos do governo estadunidense que, com certeza, é a grande prova, irrefutável, para todas as teorias extraterrestres e politícas de domínio da terra. Claro que nós preferimos nos calar para evitar a nossa desintegração molecular. Ficamos com muito medo. Caso algum de nossos editores venham a desaparecer, já imaginaram, né...

domingo, 4 de janeiro de 2009

Raio X do Voto secreto em Ijuí

A votação para a presidência da câmara de vereadores de Ijuí foi muito óbvia. Será? Primeiro, porque as coisas são combinadas com antecedência (Reunião na residência do vereador César Busnello); segundo, porque o governo possui maioria na câmara, ou seja, o PDT; terceiro a esquerda ta embolada e a oposição baratinada. Vejamos, um vereador do PSDB, um do PP, um do PMDB, um do PC do B e um do PSB. São cinco opositores de partidos diversos e que fizeram parte de coligações contrarias ao PDT. Tranqüilo e compreensível, mas até por ali, porque nos parece charque salgado por demais o PC do B votar para presidente da câmara em um vereador do partido tucano (por mais sindicalista que seja) da mesma forma que o PT fazer coligação com o mesmo partido tucano (como bem sabemos que isso aconteceu em diversas cidades do Brasil). Estas coisas da política são intragáveis, no mínimo. Porém, a oposição se faz necessária, assim entendemos o ritmo das coisas – o equilíbrio do Yin e Yang – a luta do bem contra o mal, tipo “Senhor dos Anéis” e tal, e depois, sem oposição não tem emoção, vira chocolate. Mas por favor, pensemos de forma utópica (será?) e démodé (como queiram), mas a coerência ideológica é, ainda, fundamental (que romantismo!).