Aos Navegantes:

Sabotador de Satélite é: Música Política Cultura & Nhe Nhe Nhem!
Deixo bem claro que não sou Hospedeiro - nessa página não há nada fora dos conformes, a princípio; só os links de acesso aos materiais indicados - sou apenas um Parasita. Olhem, bebam, desfrutem, rechacem!
(No más, a coisa ainda tá em construção...)

sábado, 22 de setembro de 2007

Polêmicas em torno de Tropa de Elite:


A polêmica é o tempero do gênio. Tudo que é novo, belo ou grotesco, causa estranheza. Caso do filme Tropa de Elite, de José Padilha. O formato não traz inovação estética, o conteúdo sim. Não por mostrar a classe média como vilã, mas pela franqueza brutal com que o faz. O pessoal da PUC não gostou. E daí? Os moradores da Cidade de Deus também não gostaram do longa de Fernando Meirelles.Há realmente um maniqueísmo exagerado, caricatural, e uma certa falta de sensibilidade na descrição dos estudantes maconheiros. Mas a cena do policial espancando o rapaz participando da passeata pela paz lavou a alma de muita gente, irritada com a hipocrisia de manifestações desse tipo. O cinema, assim como a literatura, vive de maus sentimentos.O ritmo envolvente, linear, explicativo, exibe a tatuagem da escola criada com City of Gods, e o fato de ter se tornado o maior fenômeno pirata da história recente conferiu-lhe uma belíssima medalha de autenticidade popular. O povo quer ver o filme. As pessoas querem ver o filme. Eu vi um piratão. Qual o sentido desse repentino surto moralista e anti-progressista de setores da opinião pública. O filme está sendo visto por milhões de pessoas, gerando receita e empregos no comércio ambulante. Se a tecnologia moderna torna possível a cópia, o camelô é um criminoso?A última pesquisa do Pnad revela que 96% dos lares brasileiros tem televisão e uns 40% tem dvd. Mas somente 7% das cidades possuem cinema. OU SEJA. Tem que oferecer o cinema em dvd. A maioria esmagadora da população brasileira tem acesso ao cinema através dos filmes exibidos na tv. Os filmes brasileiros são todos patrocinados pela Petrobrás, estatais, ou por renúncia fiscal do governo federal. O povo paga por esses filmes. É honesto que tenham a possibilidade de assisti-los a custo mais acessível e com mais rapidez.Wagner Moura, no papel do oficial do Bope, está perfeito. Moura tem se revelado, na minha opinião, o grande ator da contemporaneidade, enquanto seu amigo Lázaro Ramos, de uns tempos para cá, tem repetido sempre o mesmo papel. O personagem do Homem que Copiava parece ter dominado a alma do ator, sempre com a mesma expressão. Tá parecendo a versão preta e magra do Shuásnégger.

Postado por Miguel do Rosário

Em:http://cinemiroir-festivaldorio2007.blogspot.com/2007/09/polmicas-em-torno-de-tropa-de-elite.html

domingo, 9 de setembro de 2007

METABIOTICS: A arte do grafite!






A galeria METABIOTICS mostra uma série de fotos muito legais que fundem grafites com o "mundo real". Muito 10! Essa é apenas uma das muitas galerias, todas ótimas, publicadas no Espaço Aberto, o espaço dedicado às obras de "terceiros" no Lost Art.
Não tenho certeza, mas acho que teve uma reportagem na Revista Trip sobre os grafites da Metabiotics, há alguns anos atrás... Vale a pena encontrar a reportagem. É muito bacana. São três olhares que se fundem numa só arte: O grafite, a interação do mundo real e a fotografia... É arte em movimento. Na verdade os olhares são muitos, os angulos, a óptica, o viés... Váriadas formas se constroem... é surreal.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Para Pensar prolongadamente!?

“A teoria Revolucionária é, agora, inimiga de toda ideologia revolucionária e sabe que o é.”
-Guy Debord-
A Sociedade do Espetáculo

Conheça as 10 razões da Psicologia contra a redução da maioridade penal:

1. A adolescência é uma das fases do desenvolvimento dos indivíduos e, por ser um período de grandes transformações, deve ser pensada pela perspectiva educativa. O desafio da sociedade é educar seus jovens, permitindo um desenvolvimento adequado tanto do ponto de vista emocional e social quanto físico;
2. É urgente garantir o tempo social de infância e juventude, com escola de qualidade, visando condições aos jovens para o exercício e vivência de cidadania, que permitirão a construção dos papéis sociais para a constituição da própria sociedade;
3. A adolescência é momento de passagem da infância para a vida adulta. A inserção do jovem no mundo adulto prevê, em nossa sociedade, ações que assegurem este ingresso, de modo a oferecer – lhe as condições sociais e legais, bem como as capacidades educacionais e emocionais necessárias. É preciso garantir essas condições para todos os adolescentes;
4. A adolescência é momento importante na construção de um projeto de vida adulta. Toda atuação da sociedade voltada para esta fase deve ser guiada pela perspectiva de orientação. Um projeto de vida não se constrói com segregação e, sim, pela orientação escolar e profissional ao longo da vida no sistema de educação e trabalho;
5. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) propõe responsabilização do adolescente que comete ato infracional com aplicação de medidas socioeducativas. O ECA não propõe impunidade. É adequado, do ponto de vista da Psicologia, uma sociedade buscar corrigir a conduta dos seus cidadãos a partir de uma perspectiva educacional, principalmente em se tratando de adolescentes;
6. O critério de fixação da maioridade penal é social, cultural e político, sendo expressão da forma como uma sociedade lida com os conflitos e questões que caracterizam a juventude; implica a eleição de uma lógica que pode ser repressiva ou educativa. Os psicólogos sabem que a repressão não é uma forma adequada de conduta para a constituição de sujeitos sadios. Reduzir a idade penal reduz a igualdade social e não a violência - ameaça, não previne, e punição não corrige;
7. As decisões da sociedade, em todos os âmbitos, não devem jamais desviar a atenção, daqueles que nela vivem, das causas reais de seus problemas. Uma das causas da violência está na imensa desigualdade social e, conseqüentemente, nas péssimas condições de vida a que estão submetidos alguns cidadãos. O debate sobre a redução da maioridade penal é um recorte dos problemas sociais brasileiros que reduz e simplifica a questão;
8. A violência não é solucionada pela culpabilização e pela punição, antes pela ação nas instâncias psíquicas, sociais, políticas e econômicas que a produzem. Agir punindo e sem se preocupar em revelar os mecanismos produtores e mantenedores de violência tem como um de seus efeitos principais aumentar a violência;
9. Reduzir a maioridade penal é tratar o efeito, não a causa. É encarcerar mais cedo a população pobre jovem, apostando que ela não tem outro destino ou possibilidade;
10. Reduzir a maioridade penal isenta o Estado do compromisso com a construção de políticas educativas e de atenção para com a juventude. Nossa posição é de reforço a políticas públicas que tenham uma adolescência sadia como meta.

http://www.pol.org.br/