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(No más, a coisa ainda tá em construção...)

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

O PMDB e o fisiologismo político:

Dejalma Cremonese*
A máxima política que diz “se hay gobierno soy contra” pode ser facilmente invertida na ótica peemedebista para “se hay gobierno soy a favor” tal a vocação governista (fisiológica) e adesista do partido.Provindo do antigo MDB (Movimento Democrático Brasileiro), partido de oposição durante a ditadura militar (1964-1985), o PMDB é, nos nossos dias, o maior partido brasileiro. Possui 93 deputados federais – a maior bancada no Congresso Nacional, administra o maior número de estados, no total de 7 governadores (SC, PR, MS, RJ, ES, TO, AM), e 5 vice-governadores. É a primeira força no Senado Federal com 20 senadores. Possui 170 deputados estaduais, administra 4 prefeituras de capitais, além de 1.071 prefeituras por todo o Brasil (em torno de 20%), mais de 900 vice-prefeituras, 8.308 vereadores eleitos e conta com um milhão e oitocentos mil filiados, aproximadamente.No espectro político, o PMDB se situa no campo ideológico de centro, ou seja, procura manter o status quo (situação vigente), fazendo “reformas” para deixar as coisas como estão. Muitas são as facetas do partido: quando falamos do PMDB do Simon ou do Rigotto (Sul), do Quércia, Garotinho e Cabral (Sudeste), ou do Sarney, Temer e Calheiros (Norte e Nordeste), estamos falando de diferentes peemedebês. No entanto, as decisões tendem a ser unânimes quando estão em jogo os interesses do partido. Um exemplo de fisiologismo explícito foi o caso do voto dos senadores peemedebistas contra a MP que criava a Secretaria de Longo Prazo (SALOPRAZ). O que se pleiteava, no caso, era um maior espaço no governo Lula.O fisiologismo não é uma particularidade apenas do PMDB, no entanto, é o partido em que mais transparece essa característica por buscar, de qualquer forma, a manutenção do poder, independente de quem esteja no poder. Assim, segundo o Dicionário Houaiss, entende-se o termo “fisiologismo” como a conduta ou prática de certos representantes e servidores públicos que visa à satisfação de interesses ou vantagens pessoais ou partidários, em detrimento do bem comum. Ou seja, o fisiologismo está muito próximo do clientelismo político que é um tipo de relação de poder em que as ações políticas e decisões são tomadas em troca de favores, favorecimentos e outros benefícios a interesses individuais.Fisiologista ou não, o certo é que nenhum partido que chegue ao poder hoje, no Brasil, pode prescindir da participação do PMDB. Aliás, o partido está ali para isso mesmo. A vocação governista do PMDB vem de longa data. Desde a abertura democrática em 1985, com Sarney, bem como na expressiva vitória do partido em 1987, elegendo 21 governadores em todo o Brasil. O PMDB esteve no poder com Itamar Franco (que começou sua carreira política no antigo MDB, embora tivesse passado pelo PL e ingressado, mais tarde, no PRN, para ser vice de Collor de Mello em 1989), assumiu a presidência após o impeachment de Collor. Em seguida, o PMDB apoiou incondicionalmente o governo de FHC (nos dois mandatos) e, agora, ocupa um espaço privilegiado no governo Lula, tendo a administração de 4 ministérios: Nelson Jobim (RS) no Ministério da Defesa, Reinhold Stephanes (PR) no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Hélio Costa (MG) no Ministério das Comunicações, José Gomes Temporão (RJ), no Ministério da Saúde e, até bem pouco tempo atrás, o ministério de Minas e Energia, era ocupado por Silas Rondeau Cavalcanti (que pediu demissão por ter seu nome envolvido na “Operação Navalha”), por outro lado, o PMDB luta por ter novamente este ministério.Seguindo nesta mesma lógica, é bem provável que, em 2010, o PMDB nem venha a lançar candidato à Presidência da República, ficará na cômoda posição de apoiar o novo presidente eleito. Claro, para isso, pleiteará os cargos que achar necessários para continuar onde sempre esteve, no poder.

* Cientista Político
Site: www.capitalsocialsul.com.br
e-mail: dcremo@hotmail.com.br

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Cenário Eleitoral do Município de Ijuí - RS: Quem é quem... Quem não é ninguém.

Levados pela vontade ociosa da vida, pq não falar de política, que melhor falta do que fazer do que não fazer e falar falar falar.... ahahah. As coisas parecem mais estranhas do que nunca, o cenário eleitoral do município de Ijuí, uma cidade de mais ou menos 80 mil habitantes, localizada no noroeste gaúcho, tá esquisita... Hay algo de mui estranho no ar, mau cheiro, embrulhamento no estrombago, cabelo em pé, sorrisos maliciosos e caras de hipocrisia. Bem, qualquer cenário político nos causa a maioria destes sintomas, mais os calafrios e muita adrenalina. Política também é aventura, como um esporte radical que faz as veias do pescoço saltarem e nos provoca sensações de amor e ódio – vício e abstinência.Convidei um amigo economista e analista político para fazer algumas análises acerca do quadro eleitoral do município de Ijuí. Ele nos traz e nos trará, possíveis, construções daquilo que, aparentemente, vai configurar as eleições municipais de 2008. São idéias abertas para discussões futuras. Agradeço desde já ao Economista Fábio Lemes.
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Breve histórico
O município de Ijuí, historicamente foi polarizado por duas forças políticas, uma de corte mais conservador, que nas ultimas décadas se representava na ARENA e seus sucessores (atualmente o PP) e outra mais progressista, muito ligado ao trabalhismo, que hoje se expressa no PDT principalmente. Estas forças se expressavam na família Mânica, pelos conservadores e Burmann pelos trabalhistas. Ao longo dos anos 1980, surgem duas forças novas, com capacidade de rivalizar com as forças já constituídas. A partir do centro conservador, porém buscando atingir um perfil mais popular, fortalece-se o nome do deputado Perondi, pelo PMDB, embora o partido não tenha a mesma força. A outra novidade foi o surgimento da Frente Popular, reunindo PT e PCdoB, de inicio, com pouca força eleitoral, porém, em crescimento constante.
O PDT também evoluiu, especialmente no sentido de construir novas figuras, sendo o destaque para o atual prefeito, Valdir Heck, que hoje é sem duvida, o maior nome do partido no município. O campo mais conservador perdeu cada vez mais terreno, sendo que o PP nas ultimas eleições foi linha auxiliar da estratégia do PMDB. Contribuíram para esta situação, não só o falecimento de sua principal liderança, o ex-prefeito Mânica, como a maior responsabilidade pelo desastroso governo Ortiz, que foi fruto da aliança de todo campo conservador/clientelista do município (PP/PMDB/PTB) nas eleições de 1996.
Na época, acreditava-se que a derrota do PDT seria o inicio do retrocesso do partido no município, mas ao contrario, a vitória do PP (partido ao qual Ortiz era filiado) é que representou seu ocaso, que dura até agora, além de permitir o fortalecimento do nome de Valdir Heck, com mais de 24 mil votos nas eleições de 2000 e a reeleição em 2004.
A Frente Popular foi considerada, por muitos, a responsável pela derrota do PDT em 1996, justamente pelo seu crescimento eleitoral, para além dos setores ligados a universidade ou organizados nos movimentos sindicais. Em 2000, em um clima geral de Fora Ortiz (que desistiu de sua candidatura a reeleição em plena disputa) e um chamado ao voto útil no PDT, a Frente Popular apresentou candidatura própria mas não repetiu a boa votação anterior, o que levou um setor da Frente Popular, sobretudo o PCdoB e o PT Amplo (corrente interna do PT) a construírem estratégias de ampliação da base eleitoral.
O PCdoB, partido de pouca expressão no município, mas organizado e centralmente dirigido, apostou todas suas fichas na construção de uma figura pública de expressão popular. Conseguiu fazer Junior Piaia, militante criado dentro do partido, tornar-se uma referência, sendo o vereador mais votado em 2000. Seguindo a mesma política, em 2004 Piaia foi o candidato da Frente Popular, em um processo de difícil aceitação pelo PT, que sempre havia apresentado candidatos a prefeito e vice. Dentro das orientações nacionais do PT, a coligação deu-se também com PL, (atual PR), e houveram conversações com diversos outros partidos no município, sendo que a entrada do PTB chegou a ser aprovada em reunião da Frente Popular, porém este partido dividiu-se e por uma pequena maioria manteve sua coligação com PMDB e PP. O próprio PP estava disposto a inserir-se na Frente Popular. O PT, na convenção municipal que formalizou a candidatura Piaia, teve que deliberar sobre uma proposta da executiva, de deixar em aberto a entrada do PP na Frente Popular. Na época, esta possibilidade foi rejeitada.
O campo conservador adotou a estratégia de buscar descontentes dentro do PDT. Esta estratégia se concretizou pela adesão de Edson Burmann ao PMDB, sendo este o candidato a prefeito, na coligação com PTB e PP em 2000. No entanto, esperava-se que esta composição tendo a frente um Burmann fizesse uma votação melhor, porém, estes partidos diante da impossibilidade de vencer, ficaram paralisados, pois qualquer movimento que faziam beneficiava a Frente Popular. Se conquistavam votos, diminuíam a vantagem do PDT em relação a Piaia, se criticassem o PDT, mesmo que criticando a FP, ainda assim somavam ao sentimento de mudança, que beneficiava Piaia. Por isso, conscientes ou inconscientemente, deixaram a campanha morrer.
Outras forças políticas movimentam-se entre estes campos, porém poucas têm alguma influencia de fato na política local, especialmente a partir de 2004, quando a bancada na Câmara reduziu-se de 21 para 10 vereadores. Apenas os partidos com maior capacidade eleitoral conseguem atrair figuras públicas com votos. O símbolo disso foi o fracasso da candidatura de Luchesse, pelo PPS, em 2004, que fez menos de 1000 votos. Mas este partido continua tentando sobreviver no cenário eleitoral. Outro partido que buscou se organizar é o PSB, que vem realizando uma série de encontros nos últimos três anos, e teve adesão de um setor importante, antes ligado ao PT. O PSDB também vem buscando se oxigenar, atrair lideranças, sobretudo do setor empresarial, mas sua estratégia está mais vinculado a sustentação do governo estadual. PR em Ijuí, até prova em contrário, não passa de uma legenda de aluguel, que hora esta a serviço da candidatura Piaia.
Importante lembrar que mesmo partidos “sem votos”, como PSB, PSDB, PPS, PR, são importantes porque dispõem de tempo na programação eleitoral, pois este tempo é definido pelas bancadas de deputados federais dos partidos, o que os torna importantes no tabuleiro das decisões.

Conjuntura no final de 2007
No momento, o que pode-se observar é que o PDT esta consciente de que poderá perder estas eleições, e portanto, esta unido em torno do atual vice-prefeito, Fiorovante Balin.
A formação histórica e programática da Frente Popular não existe mais. O nome de Piaia se consolidou como a principal alternativa ao PDT em Ijuí, sendo que o PCdoB busca formar um Frentão, reunindo PMDB, PT, PR, PTB e quem mais quiser aderir. Não há linhas programáticas na composição desta Frente, tudo dependerá das exigências e ajustes produzidos no próprio processo de negociação. No PT, em tese não há nenhum problema nesta política, não só porque todos estes partidos são da base de apoio do Governo Lula, como porque o PT acredita que pode hegemonizar uma coligação destas, por possuir quadros partidários mais qualificados e por suas relações privilegiadas no Governo Federal.
O problema deste Frentão esta justamente no ajuste entre as demandas e as possibilidades de cada partido. A candidatura a prefeito não se discute, caberá a Piaia, afinal ele é o elemento de unidade da formação. Porém, o PT não abre mão do vice. O PMDB também disputa esta vaga e apresenta o argumento de que Piaia representa o setor mais a “esquerda” e que, portanto caberia a um partido de “centro” ficar com a vice. O PCdoB tem simpatizado com esta composição, justamente porque desta forma, além de assegurar a existência do Frentão, poderia contar efetivamente com o PMDB na campanha – leia-se Perondi, do contrário, o partido poderia apoiar formalmente, mas na prática, trabalhar apenas pelos candidatos a vereadores. Importante registrar que o PMDB conquistou outro Brumann, Sergio, atual vereador pelo partido e pela família, que entrou em choque com Valdir Heck.
O problema do Frentão é que o PCdoB subestimou o PT. Primeiro, não conseguiu convencer nenhum setor petista em apoio a sua estratégia, segundo, ignorou o sentimento que a base de filiados petistas tem em relação a Piaia, pois muitos acreditam que o PT serviu de escada para Piaia crescer. Em função disto, o PT buscou alternativas, que se expressaram nas recentes prévias do partido, com dois nomes disputando a indicação para prefeito, pelo menos formalmente. Mas na verdade a disputa era de duas estratégias distintas, Bira, representando o setor mais a esquerda do partido, defende que ou o PT é vice de Piaia ou concorre com chapa própria. Liti defendia que ou o PT era vice de Piaia ou do PDT. Isto porque PT e PDT já buscaram discutir esta possibilidade e não pode ser totalmente descartada, embora no momento, a vitória de Bira dificulte este cenário.
Além destes dois campos, a novidade do processo é que o PP busca se rearticular, apresentando Marcos Ferreira, atual presidente do Sindilojas, nome ainda não testado nas urnas, porém, vem despontando como liderança carismática e atuante. É cedo demais para saber-se se o PP levará adiante esta candidatura própria, mas dentre os nomes colocados é o único que de fato pode influenciar o processo eleitoral, pois se for realmente candidato e for bem votado, pode dar uma sobrevida ao PP no município, sem contar que seus votos poderão complementar ou atrapalhar a estratégia do Frentão.
Outra alternativa não descartável é que Marcos Ferreira venha a ser vice de Piaia, em uma composição PCdoB/PP/PMDB/PR. Neste caso, em prevalecendo o decisão atual do PT, este teria Bira como candidato a prefeito, talvez com apoio do PSB. No PDT, o mais provável é, além de Balin candidato a prefeito, que o vice seja do mesmo partido. Entre os nomes cogitados estão Ebraim El Amar ou Juçara Heck, atual primeira-dama.
Outros partidos podem apresentar candidaturas próprias ou aliar-se a estes ou aqueles candidatos, mas os principais nomes e forças políticas no processo serão estes apresentados. O grande problema esta no PCdoB conseguir de fato construir este Frentão, sendo que o PDT poderá buscar diversos meios de romper a unidade em torno de Piaia.
Estes cenários são mais um retrato das possibilidades desenhadas pela conjuntura neste momento, sem juízo de valor entre elas. Devemos aprofundar o entendimento deste quadro geral de alternativas e depois iniciar uma avaliação do que elas representam, para categorias como “o município”, “o desenvolvimento”, “o povo”, “a esquerda” entre outras.


Fabio Lemes, Economista e Mestrando em Desenvolvimento - UNIJUÍ
Ijuí, 11 de dezembro de 2007

domingo, 9 de dezembro de 2007

Jardineiros plantam maconha em convento na Grécia


Encontrei essa notícia e não resisti, a melhor do ano... Muito foda! Só fiquei imaginando as freiras entre os pezinhos singelos de maconha.... Fez-me lembrar do filme "Maus Hábitos" de Pedro Almodóvar - 1983. Quem nunca viu veja!
Depois de tanto tempo sem postar.... Agora postei em homenagem as freiras!Valeu!


Dois homens estão sendo procurados pela polícia por plantar mais de 30 pés de maconha no jardim de um convento de freiras, no vilarejo de Filiro, na Grécia. Eles se ofereceram para trabalhar como jardineiros no local. As religiosas, em sua maioria, idosas, desconheciam a real intenção dos criminosos.
Segundo o site Metro, uma denúncia anônima levou os policiais ao convento da Igreja Católica Ortodoxa. "Os homens falaram a duas freiras idosas que gostariam de ajudá-las a cuidar das plantas, mas tinham o objetivo de plantar maconha", disse o porta-voz da polícia.
"As religiosas pensaram que os pés da droga eram plantas decorativas", afirmou. A polícia acredita na inocência das freiras e está à procura dos criminosos.

Redação Terra - Dez. 09.2007.