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(No más, a coisa ainda tá em construção...)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

NOTA DE UMA CARNAVALESCA IJUIENSE


Quero compartilhar com os amigos e companheiros a minha alegria – minha extasiante euforia, depois de um super-divertido-animado carnaval em Ijuí. Na verdade, quero compartilhar a minha alegria carnavalesca e cultural, depois dos últimos 15 anos.
Vamos nos deter brevemente na madrugada de domingo para segunda (22 para 23 de fevereiro de 2009). Eram 2 da madrugada. Eu e mais cinco amigas nos deleitávamos com polares e skols (eu, apenas na pepsi). Fora do bar rolavam os fenos... sim... fenos, como numa cidade fantasma do velho oeste em que o vento passeia, embala fenos... E..., claro, os mocinhos xerifes do condado, também “passeavam” com suas viaturas à tudo vigiar e, se preciso, punir (como na lógica Foulcoutiana). Era uma alegria só! A TV ligada dentro do bar nos animava com o desfile das escolas de samba do RJ. Uma folia só – na TV. Como já disse, éramos seis em nossa mesa e... mais dois convivas numa mesa ao lado. A madrugada prometia... nem sabíamos o que fazer primeiro com tantas opções de festa e diversão... Ir para Ajuricaba ou ir para o Aruba? Ou continuarmos a folia em nossa mesa, assistindo ao desfile do RJ pela TV...
Bem... Ficamos com a última opção, pois, pensamos, ser a mais completa e sensata. Tudo ia as mil maravilhas... a chuvinha, a TV, as cevas, a conversa... Oh, puxa! Que maravilha! Lá pelas tantas uma de nossas convivas resolveu puxar uma cantoria...Pronto! A festa estava completa! Cantávamos fazendo uma “batucada” clássica de um sambinha do Gonzaguinha: “O que é, o que é, diga lá meu irmão...”, “Eu fico com a pureza das respostas das crianças... é a vida... é bonita... e é bonita... Viveeerrr e não ter a vergonha de ser feliz.... cantar e canttaaaarrr e cantaaaarrr ....”
Logo, o garçom aproxima-se e, com uma cara de assustado, nos avisa: “Olha, já ligaram duas vezes aqui pro bar, reclamando do barulho... Se vocês não baixarem o volume, vou pedir para retirarem-se!” .... ....
– “Mas moço, é carnaval...!”
– “Mas, senhoras, isso não interessa... É que tem a Lei do Silêncio!”
Bem... A noite carnavalesca que já estava tão perfeita, acabou por alcançar o Nirvana. Nos levantamos, espraguejamos o poder público, poder antipúblico, despúblico, pagamos a conta e fomos embora... em completo silêncio de carnaval!! Desblocadas, descarnavaladas, desfelizes!!
Ijuí é a cidade da moral e dos bons costumes! Toda e qualquer “lei” que sirva para oprimir, moralizar e calar será sempre bem vinda. Sabemos que a tal lei do silêncio existe em tantos outros lugares, mas temos certeza de que em Ijuí ela “casou” como uma luva! Combina perfeitamente com o pensamento integralista, nazista de nossos mandachuvas e comunidade. Queremos lembrar aqui, que a cidade de Ijuí foi um forte núcleo do movimento integralista e nazista dos anos 30. Sem dúvida, carregamos esses germes ideológicos. Muito do que aqui acontece pode ser explicado, se investigarmos antropologicamente a história da nossa cidade. Mas deixo isso a cargo de nossos historiadores, de espíritos curiosos e afins...
ATÉ A PRÓXIMA FOLIA!

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