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Sabotador de Satélite é: Música Política Cultura & Nhe Nhe Nhem!
Deixo bem claro que não sou Hospedeiro - nessa página não há nada fora dos conformes, a princípio; só os links de acesso aos materiais indicados - sou apenas um Parasita. Olhem, bebam, desfrutem, rechacem!
(No más, a coisa ainda tá em construção...)

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

TROPA DE ELITE: A CRIMINALIZAÇÃO DA POBREZA!

Eu sei que o texto é muito longo, mas vale a pena ler!
(Ivan Pinheiro)
"Homem de preto. Qual é sua missão?É invadir favelaE deixar corpo no chão"(refrão do BOPE)Não dá cair no papo furado de que "Tropa de Elite" é "arte pura" ou "obra aberta". Um filme sobre questões sociais não podia ser neutro. Trata-se de uma obra de arte objetivamente ideológica, de caráter fascista, que serve à criminalização e ao extermínio da pobreza. É possível até que os diretores subjetivamente não quisessem este resultado, mas apenas ganhar dinheiro, prestígio e, quem sabe, um Oscar. Vão jurar o resto da vida que não são de direita. Aliás, você conhece alguém no Brasil, ainda mais na área cultural, que se diga de direita? Como acredito mais em conspirações do que no acaso, não descarto a hipótese de o filme ter sido encomendado por setores conservadores. Estou curioso para saber quais foram os mecenas desta caríssima produção, que certamente foi financiada por incentivos fiscais. O filme tem objetivos diferentes, para públicos diferentes. Para os pobres das comunidades carentes, o objetivo é botar mais medo ainda na "caveira" (o BOPE, os "homens de preto"). O vazamento escancarado das cópias piratas talvez seja, além de uma estratégia de marketing, parte de uma campanha ideológica. A pirataria é a única maneira de o filme ser visto pelos que não podem pagar os caros ingressos dos cinemas. Aliás, que cinemas? Não existe mais um cinema nos subúrbios, a não ser em shopping, que não é lugar de pobre freqüentar, até porque se sente excluído e discriminado. No filme, os "caveiras" são invencíveis e imortais. O único que morre é porque "deu mole". Cometeu o erro de ir ao morro à paisana, para levar óculos para um menino pobre, em nome de um colega de tropa que estava identificado na área como policial. Resumo: foi fazer uma boa ação e acabou assassinado pelos bandidos. Para as classes médias e altas, o objetivo do filme é conquistar mais simpatia para o BOPE, na luta dos "de cima", que moram embaixo, contra os "de baixo", que moram encima. Os "homens de preto" são glamourizados, como abnegados e incorruptíveis. Apesar de bem intencionados e preocupados socialmente, são obrigados a torturar e assassinar a sangue frio, em "nosso nome". Para servir à "nossa sociedade", sacrificam a família, a saúde e os estudos. Nós lhes devemos tudo isso! Portanto, precisam ser impunes. Você já viu algum "caveira" ser processado e julgado por tortura ou assassinato? "Caveira" não tem nome, a não ser no filme. A "Caveira" é uma instituição, impessoal, quase secreta. Há várias cenas para justificar a tortura como "um mal necessário". Em ambas, o resultado é positivo para os torturadores, ou seja, os torturados não resistem e "cagüetam" os procurados, que são pegos e mortos, com requintes de crueldade. Fica outra mensagem: sem aquelas torturas, o resultado era impossível. Tudo é feito para nos sentirmos numa verdadeira guerra, do bem contra o mal. É impossível não nos remetermos ao Iraque ou à Palestina: na guerra, quase tudo é permitido. À certa altura, afirma o narrador, orgulhoso : "nem no exército de Israel há soldados iguais aos do BOPE".Para quem mora no Rio, é ridículo levar a sério as cenas em que os "rangers" sobem os morros, saindo do nada, se esgueirando pelas encostas e ruelas, sem que sejam percebidos pelos olheiros e fogueteiros das gangues do varejo de drogas! Esta manipulação cumpre o papel de torná-los ainda mais invencíveis e, ao mesmo tempo, de esconder o estigmatizado "Caveirão", dentro do qual, na vida real, eles sobem o morro, blindados. O "Caveirão", a maior marca do BOPE, não aparece no filme: os heróis não podem parecer covardes! O filme procura desqualificar a polêmica ideológica com a esquerda, que responsabiliza as injustiças sociais como causa principal da violência e marginalidade. Para ridicularizar a defesa dos direitos humanos e escamotear a denúncia do capitalismo, os antagonistas da truculência policial são estudantes da PUC, "despojados de boutique", que se dão a alguns luxos, por não terem ainda chegado à maioridade burguesa. Os protestos contra a violência retratados no filme são performances no estilo "viva rico", em que a burguesia e a pequena-burguesia vão para a orla pedir paz, como se fosse possível acabar com a violência com velas e roupas brancas, ou seja, como se tratasse de um problema moral ou cultural e não social. A burguesia passa incólume pelo filme, a não ser pela caricatura de seus filhos que, na Faculdade, fumam um baseado e discutem Foucault. Um personagem chamado "Baiano" (sutil preconceito) é a personificação do tráfico de drogas e de armas, como se não passasse de um desses meninos pobres, apenas mais espertos que os outros, que se fazem "Chefe do Morro" e que não chegam aos trinta anos de idade, simples varejistas de drogas e armas, produtos dos mais rentáveis do capitalismo contemporâneo. Nenhuma menção a como as drogas e armas chegam às comunidades, distribuídas pelos grandes traficantes capitalistas, sempre impunes, longe das balas achadas e perdidas. E ainda responsabilizam os consumidores pela existência do tráfico de drogas, como se o sistema não tivesse nada a ver com isso! O Estado burguês também passa incólume pelo filme. Nenhuma alusão à ausência do Estado nas comunidades carentes, principal causa do domínio do banditismo. Nenhuma denúncia de que lá falta tudo que sobra nos bairros ricos. No filme, corrupção é um soldado da PM tomar um chope de graça, para dar segurança a um bar. Aliás, o filme arrasa impiedosamente os policiais "não caveiras", generalizando- os como corruptos e covardes, principalmente os que ficam multando nossos carros e tolhendo nossas pequenas transgressões, ao invés de subirem o morro para matar bandido. A grande sacada do filme é que o personagem ideológico principal não é o artista principal. Este, branco, é o que mais mata. Ironicamente, chama-se Nascimento. É um tipo patológico, messiânico, sanguinário, que manda um colega matar enquanto fala ao celular com a mulher sobre o nascimento do filho. Mas para fazer a cabeça de todos os públicos, tanto os "de cima" como os "de baixo", o grande e verdadeiro herói da trama surge no final: Thiago, um jovem negro, pacato, criado numa comunidade pobre, que foi trabalhar na PM para custear seus estudos de Direito, louco para largar aquela vida e ser advogado. Como PM, foi um peixe fora d'água: incorruptível, respeitava as leis e os cidadãos. Generoso, foi ele quem comprou os óculos para dar para o menino míope. Sua entrada no BOPE não foi por vocação, mas por acaso. Para ficar claro que não há solução fora da repressão e do extermínio e que não adianta criticar nem fazer passeata, pois "guerra é guerra", nosso novo herói se transforma no mais cruel dos "caveiras" da tropa da elite, a ponto de dar o tiro de misericórdia no varejista "Baiano", depois que este foi torturado, dominado e imobilizado. Para não parecer uma guerra de brancos ricos contra negros pobres, mas do bem contra o mal, o nosso herói é um "caveira" negro, que mata um bandido "baiano", de sua própria classe, num ritual macabro para sinalizar uma possibilidade de "mobilidade social", para usar uma expressão cretina dos entusiastas das "políticas compensatórias" . A fascistização é um fenômeno que vem sendo impulsionado pelo imperialismo em escala mundial. A pretexto da luta contra o terrorismo, criminalizam- se governos, líderes, povos, países, religiões, raças, culturas, ideologias, camadas sociais. Em qualquer país em que "Tropa de Elite" passar, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, o filme estará contribuindo para que a sociedade se torne mais fascista e mais intolerante com os negros, os imigrantes de países periféricos e delinqüentes de baixa renda. No Brasil, a mídia burguesa há muito tempo trabalha a idéia de que estamos numa verdadeira guerra, fazendo sutilmente a apologia da repressão. Sentimos isso de perto. Quantas vezes já vimos pessoas nas ruas querendo linchar um ladrão amador, pego roubando alguma coisa de alguém? Quantas vezes ouvimos, até de trabalhadores, que "bandido tem que morrer"? Se não reagirmos, daqui a pouco a classe média vai para as ruas pedir mais BOPE e menos direitos humanos e, de novo, fazer o jogo da burguesia, que quer exterminar os pobres, que só criam problemas e ainda por cima não contam na sociedade de consumo. Daqui a pouco, as milícias particulares vão se espalhar pelo país, inspiradas nos heróicos "homens de preto", num perigoso processo de privatização da segurança pública e da justiça. Não nos esqueçamos do modelo da "matriz": hoje, os mais sanguinários soldados americanos no Iraque são mercenários recrutados por empresas particulares de segurança, não sujeitos a regulamentos e códigos militares. Parafraseando Bertolt Brecht, depois vai sobrar para nós, que teimamos em lutar contra o fascismo e a barbárie, sonhando com um mundo justo e fraterno. A trilha sonora do filme já avisou: "Tropa de Elite,Osso duro de roer,Pega um, pega geral.Também vai pegar você!"-- Lisandro"O que é, exatamente por ser tal como é, não vai ficar tal como está." (Brecht)

domingo, 21 de outubro de 2007

Tarefa (Poesia de Geir Campos)

Morder o fruto amargo e não cuspir
mas avisar aos outros quanto é amargo,
cumprir o trato injusto e não falhar
mas avisar aos outros quanto é injusto,
sofrer o esquema falso e não ceder
mas avisar aos outros quanto é falso;
dizer também que são coisas mutáveis...
E quando em muitos a noção pulsar
— do amargo e injusto e falso por mudar —
então confiar à gente exausta o plano
de um mundo novo e muito mais humano.

_Geir Campos_
http://www.releituras.com/geircampos_menu.asp

O que é ombudsman?

Ombudsman é uma palavra sueca que significa representante do cidadão. Designa, nos países escandinavos, o ouvidor-geral -função pública criada para canalizar problemas e reclamações da população. Na imprensa, o termo é utilizado para designar o representante dos leitores dentro de um jornal. A função de ombudsman de imprensa foi criada nos Estados Unidos nos anos 60. Chegou ao Brasil num domingo, dia 24 de setembro de 89, quando a Folha, numa decisão inédita na história do jornalismo latino-americano, passou a publicar semanalmente a coluna de seu ombudsman.
A Folha examinava a criação do cargo desde 1986, motivada pelo sucesso das experiências do diário espanhol "El País" e do norte-americano "The Washington Post". O jornal assumiu o objetivo de ter seu próprio ombudsman, um profissional dedicado a receber, investigar e encaminhar as queixas dos leitores; realizar a crítica interna do jornal e, uma vez por semana, aos domingos, produzir uma coluna de comentários críticos sobre os meios de comunicação -na qual a Folha deveria ser um dos alvos privilegiados.
Para exercer o cargo com independência, o jornal instituiu o mandato de um ano para cada ombudsman, com a possibilidade de apenas uma única renovação de mais um ano. Essa possibilidade, posteriormente, foi expandida, para duas renovações (três anos de mandato). O profissional não pode ser demitido durante o mandato e tem estabilidade de mais seis meses no jornal após deixar a função.
O atual ombudsman da Folha de S.Paulo é Mário Magalhães.

sábado, 13 de outubro de 2007

Diretor de 'Tropa de Elite' pode ser preso

O diretor de cinema José Padilha poderá ser preso caso se recuse a prestar depoimento no Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado para apurar a possível participação de policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) no filme Tropa de Elite.
A assessoria do cineasta informou que ele não vai depor por recomendação do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que teria considerado a intimação uma "inibição despropositada".
A assessoria de imprensa do Palácio Guanabara confirmou a informação, mas ressaltou que Cabral não pretende interferir nas investigações da PM.
A assessoria de imprensa da Polícia Militar (PM) informou que caberá ao juiz que for tomar o depoimento do cineasta na Auditoria da Justiça Militar expedir o mandado de prisão, intimado em caráter obrigatório. A data do depoimento não foi informada.
Na última quinta-feira, Rodrigo Pimentel, capitão reformado do Bope e um dos roteiristas do filme, também adiantou que não vai depor caso seja intimado. O comandante-geral da PM, coronel Ubiratan Angelo, não quis comentar o assunto, explicando que as investigações ainda estão em andamento. Nesta sexta-feira, o corregedor da instituição, coronel Paulo Ricardo Paúl, em seu blog na Internet, comentou a decisão tomada por Padilha e Pimentel.
"Não existe democracia sem respeito às leis. Espero que as testemunhas intimadas compareçam e prestem todos os esclarecimentos necessários à boa instrução do IPM. É dever de todo cidadão colaborar com a Justiça Comum ou Militar. E nunca é demais lembrar o ditado popular: Quem não deve não teme", escreveu Paúl. O corregedor disse que caberá ao coronel Ubiratan "tomar as decisões cabíveis" quando o inquérito for concluído.
O Dia

Última paciente viva de Freud diz que ele a "salvou" com apenas uma consulta

A notícia é meio fuleira, mas vale a pena saber dos bambambam. A mulher nunca foi, na verdade, paciente de Freud, mas ficou na história. Quer dizer, fizeram ela ficar.
Cristina Gawlas Viena, 10 out (EFE).- Apenas uma consulta de 45 minutos com o "pai da psicanálise" em 1936 bastou para "salvar" a última paciente conhecida ainda viva de Sigmund Freud, a vienense Margarethe Lutz, de 89 anos.
Segundo revelou à Agência Efe, ela sente "uma grande gratidão" por Freud, embora ele não tenha submetido a paciente a um tratamento de psicanálise propriamente dito: mantiveram apenas uma conversa.
Essa única consulta com Freud deixou uma lembrança inesquecível na então jovem de 18 anos, que morava com o pai e a madrasta, já que a mãe dela tinha morrido no parto.
"Freud me fez compreender que a família e uma educação rigorosa não são as únicas (coisas) que decidem, e que há outras possibilidades", afirmou a idosa.
Margarethe disse que o psiquiatra foi muito compreensivo com ela, na época uma jovem sem experiência que se sentia sozinha e que seguiu os conselhos do famoso doutor.
A octogenária afirma que buscava na ópera uma forma de fugir da realidade. Ela fingia interpretar grandes peças, como "Tristão e Isolda", para superar o isolamento imposto pelo pai.
Um dia, os operários que trabalhavam para o pai, dono de uma fábrica, a viram vestida como uma cantora da ópera de Richard Wagner e cantando. Eles ficaram escandalizados, contaram o fato para o pai da jovem e a chamaram de "louca".
O pai de Margarethe resolveu consultar o médico da família. O doutor disse que a jovem não sofria de nenhuma doença física, mas sim da "alma".
O doutor marcou uma consulta com um "médico de muito boa fama, mas muito caro", Freud, que já era famoso na época, mas de quem pai e filha nunca tinham ouvido falar. Margarethe não compreendeu então a importância histórica do encontro.
A paciente de Freud conta que o pai estava sempre ocupado e era muito rígido. Além disso, proibia o contato com jovens da mesma idade e a mantinha isolada, para evitar que conhecesse algum rapaz.
"Ninguém falava comigo", afirma Margarethe.
Aos 89 anos e viúva há 17, ela continua fazendo esculturas e pintando. O último trabalho dela é um retrato em relevo da ganhadora do prêmio Nobel da Paz Bertha Von Suttner, que ficará pendurado nas paredes da casa em Viena onde passou a maior parte da vida.
Além disso, ela costuma visitar as duas filhas do casamento de 35 anos. Uma vive na Califórnia (Estados Unidos) e a outra em Israel.
Da consulta com Freud há 71 anos, ela se lembra do famoso divã coberto com um tapete persa no consultório - apesar de não ter chegado a se deitar nele - e de prateleiras cheias de livros e objetos de escavações arqueológicas, que o psicanalista colecionava.
Freud começou a fazer perguntas da vida da jovem e o pai de Margarethe resolveu respondê-las pela filha.
O "pai da psicanálise" pediu que ele o deixasse a sós com a filha, algo que o industrial aceitou, embora contrariado.
Uma vez a sós com Freud, Margarethe disse que tirava notas baixas no colégio, gostava de interpretar peças dramáticas e que o pai a levava ao cinema, mas a obrigava a sair da sala quando eram exibidas cenas amorosas.
Margarethe disse que achou Freud simplesmente "um homem velho" e não voltou ao consultório na rua de Berggasse (Viena) até o ano passado, apesar do local já não ser mais o mesmo.
O semanário "Profil" - que descobriu a única paciente viva - lembrou que o "pai da psicanálise" estava com câncer na boca desde 1923, o que obrigou a se submeter a várias operações dolorosas.
Na época já tinha publicado suas principais obras, como "Três ensaios para uma teoria sexual", "A interpretação dos sonhos" e "Totem e tabu", entre outras.
Freud recomendou que da próxima vez que fosse ao cinema continuasse sentada quando um casal se beijasse na tela. Além disso, aconselhou Margarethe a fazer esportes, ir a bailes e a ter contato com jovens da idade dela.
Como o industrial respeitava as opiniões de médicos, em particular a de Freud, aceitou os conselhos para a filha, que foram corretos. Margarethe chegou a se emancipar, conheceu o futuro marido e se casou aos 20 anos, em 1938.
Além disso, ela nunca precisou de psicanálise nem de psicoterapia. Margarethe também não leu os livros de Freud, um gênio que, perante a pressão dos nazistas e por ser judeu, foi obrigado a se exilar logo em seguida na Inglaterra, onde morreria dois anos depois.

PM intima diretores de Tropa de Elite

O diretor do filme Tropa de Elite, José Padilha, e o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) Rodrigo Pimentel, co-roteirista do longa-metragem e um dos autores do livro que o inspirou, foram intimados pela Polícia Militar a prestar depoimento como testemunha num Inquérito Policial Militar (IPM) aberto pela corregedoria da corporação. O inquérito foi aberto no mês passado para apurar a participação de soldados do Bope e o uso de recursos materiais da polícia, como armas e fardas, nas filmagens de Tropa.
Procurado pelo Estado, Padilha não quis comentar a intimação. Em nota, a Zazen, produtora do filme, informou que o diretor vai ignorar a intimação seguindo orientação que ouviu pessoalmente do governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB). A assessoria do governador confirmou que ele orientou Padilha a não comparecer por considerar a intimação "uma inibição despropositada".
Pimentel também teria faltado à primeira data marcada para o depoimento, que foi remarcado. Ele negou que a produção do filme tenha usado munição e armas do governo estadual e afirmou que se encontraria ontem com o comandante da PM, coronel Ubiratan Ângelo.
A Polícia Militar e a Secretaria de Segurança do Rio não quiseram fornecer detalhes sobre a investigação interna, que foi aberta pelo corregedor, coronel Paulo Ricardo Paúl, a partir da denúncia de um oficial da própria PM. O setor de relações-públicas da PM informou que Paúl não daria entrevista sobre o assunto. O coronel Pinheiro Neto, comandante do Bope, também foi convocado a prestar declarações e já prestou depoimento. Procurado pelo Estado, ele não quis comentar a denúncia.
O governador divergiu da PM porque não vê cabimento numa investigação que questiona a transferência de informações do Bope para os produtores do filme ou especula sobre a utilização de material público. No entanto, sua assessoria não soube informar se ele intervirá pelo arquivamento do IPM.

Yahoo Notícias

sábado, 6 de outubro de 2007

Ich brauch Benzin gib mir Benzin........Gasolina...... Rammstein:

Eu preciso de tempo, sem heroínasem álcool, sem nicotina não preciso de ajuda, nem cafeínamas sim dinamite e terebintina. Eu preciso de petróleo para a gasolina explosiva como querosene com muitas octanas e sem chumboum combustível como a gasolina

Não preciso de amigos nem de cocaína não preciso de um médico nem da medicina não preciso de mulheres, só vaselina alguma nitroglicerina. Preciso de dinheiro para a gasolina explosiva como querosene com muitas octanas e sem chumboum combustível como a gasolina

Dê-me gasolina

Isso flui pelas minhas veias. Isso dorme pelas minhas lágrimas. Isso corre pelos meus ouvidos o coração e os rins são os motores

Gasolina

Se você quer se separar de alguma coisa então tem que a incendiar se nunca mais quer vê-ladeixe-a nadar em gasolina

Eu preciso de gasolinadê-me gasolina

http://www.rammsteinbrasil.com.br/

Redator-chefe de Veja perde ação contra Emir Sader e Carta Maior.

Mário Sabino, Redator-chefe de Veja, perdeu em primeira instância a ação indenizatória por danos morais movida contra o professor Emir Sader e a Carta Maior, pela publicação de comentários sobre sua resenha do livro de memórias de FHC. Acusação recorre.
Flávio Aguiar

No dia 30 de março de 2006 o professor e nosso colaborador Emir Sader publicou nesta página comentário sobre a resenha do livro “A arte da política: a História que vivi”, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, feita pelo Redator-chefe de Veja, Mário Sabino. A resenha, claramente laudatória do livro de FHC, ocupava páginas e páginas da revista. Em seu comentário (“O mundo pelo avesso: nem veja, nem leia”), o professor Emir Sader fez severas restrições ao livro, que faz uma defesa sempre acalorada ou calorosa de todo o ideário conservador, com críticas sempre ácidas, quando não cítricas, de qualquer pensamento à esquerda no espectro brasileiro, latino-americano e mundial.Sentindo-se ofendido, o autor da resenha moveu processo de ação indenizatória por ofensas morais e à sua honra. Na justificativa, seus advogados, Lourival J. Santos e Alexandre Fidalgo, destacaram a seguinte passagem do artigo como particularmente ofensiva:“Se você quiser saber dos vínculos sorrateiros de Veja com o ex-presidente, que deram – na única resenha na imprensa – capa do seu livro, apresentado por um escriba de plantão (...)”.O autor da resenha considerou-se ofendido por considerar que o artigo do professor, além de usar a palavra “sorrateira”, considerava sua resenha “parcial” e “mentirosa”. Também sentiu-se ofendido pela expressão “escriba de plantão”, que o situaria como um “jornalista menor”. A indenização pedida era de 10 mil reais. O professor era apontado como réu e a Carta Maior como co-ré.O interessante é que para valorizar o agravo e a indenização, a peça acusatória tecia vários elogios ao professor Emir e também à Carta Maior. O professor era considerado portador de um “nome ilustrado”, “profissional de destaque na atividade jornalística”, portador de “credibilidade”, e chamado de “competente formador de opinião”.Já a Carta Maior era reconhecida como um “veículo de comunicação eletrônica de grande penetração”, tendo “matérias amplamente reproduzidas”.Em sua sentença, o juiz Dimitrios Zarvos Varellis acolheu a tese da defesa, de “improcedência da ação”, não reconhecendo intenção de ofensa no artigo do professor à pessoa do Redator-chefe de Veja, ressaltando que “a única pessoa referida na matéria é a pessoa jurídica da revista antes mencionada e apenas esta, em tese, tem condições para questionar o texto da matéria jornalística”. Ao considerar a ação improcedente o juiz condenou o autor do processo ao pagamento das custas e despesas processuais, bem como dos honorários advocatícios, arbitrados em 2 mil reais.Os acusadores recorreram da sentença em instância superior. De momento, Carta Maior agradece os elogios feitos pela acusação tanto à página quanto ao professor Emir que, de fato, é ilustre, é profissional competente e destacado, que honra qualquer publicação que o acolha.
http://www.agenciacartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=14652
02/10/2007